Em Goiás, marcha e ocupação da Alego marcam as mobilizações deste 8 de março

Durante todo o dia foram desenvolvidas várias atividades, como a entrega da pauta de reivindicações aos deputados estaduais, oficinas culturais, atividades de formação política e um ato unificado do campo e cidade
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Divulgação/MST

 

Da Página do MST

Desde esta quarta-feira (7), as mulheres trabalhadoras rurais Sem Terra de diversas regiões do estado de Goiás estão mobilizadas na Assembleia legislativa com o tema “Mulheres contra o capital, em defesa da democracia e soberania nacional.”

Entre as principais denuncias e reivindicações estava o combate à violência contra a mulher e promoção da saúde no campo e cidade; a defesa da aposentadoria para a classe trabalhadora e contra a Reforma golpista de Michel Temer; a efetivação da lei número 19.998/18 da agricultura familiar e camponesa e emendas parlamentares; bem como a compra de produtos e sementes da agriculta familiar.

Confira aqui a pauta de reivindicações das mulheres sem terra no Goiás

Durante todo o dia foram desenvolvidas várias atividades, como a entrega da pauta de reivindicações aos deputados estaduais, oficinas culturais, atividades de formação política e um ato unificado com as organizações do campo e cidade. Todos com o intuito de discutir a violência e dar visibilidade às pautas políticas importantes para o processo de retomada de direitos. Entre elas estão a anulação da reforma trabalhista, o repúdio à reforma da previdência e a defesa intransigente da democracia.

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Divulgação/MST

Já na manhã desta quinta-feira (08) ocorreu uma grande marcha com cerca de 1000 mulheres rumo à secretaria de segurança pública com o objetivo de denunciar os altos índices de feminicídio no estado do Goiás. Foram entregado pautas ao secretário de segurança pública, aos deputados estaduais e ao Incra.

“Estamos na rua pra lutar por um projeto feminista e popular. É uma data marcada por mobilizações das organizações do campo e da cidade como forma de mostrar as vozes de tantas mulheres lutadoras, nas praças, ruas e avenidas. Para nós, todo mês de março é tempo de intensificar a luta das mulheres e reafirmar sua história, suas denúncias e reivindicações por um mundo sem violência e desigualdade, com autonomia e liberdade. Nessa perspectiva, sentimos, mais uma vez, a necessidade de nos colocarmos em luta, pois o Brasil vive um momento de grande ofensiva do capital internacional, representado pelos grandes bancos, as empresas multinacionais e o agronegócio. Esses grupos, aliado ao governo golpista de Michel Temer estão privatizando os bens naturais, como a terra, a água, os minérios e também estão acabando com nossos direitos trabalhistas conquistados com muita luta”, afirmam as entidades.

A manifestação que começou partir das 9h, na ocupação da Assembleia Legislativa de Goiás seguiu pela Avenida Anhanguera.