“8 de março é dia de luta”, afirma dirigente do MST durante ocupação no Norte da Bahia

Várias barracas foram montadas na sede da empresa e as mulheres homenagearam o dirigente do MST Márcio Matos, morto em janeiro.
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Divulgação/MST

 

Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

Cerca de 400 trabalhadoras Sem Terra ocuparam na madrugada desta quinta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, a sede da empresa Frutmag, que pertence ao Grupo Magnesita, localizada em Santo Sé, no Norte da Bahia.

As Sem Terra denunciam que as terras da empresa não cumprem função social e tem apresentado no último período descompromisso com a sociedade. Em 2013, por exemplo, a empresa desempregou mais de 1.800 pessoas. “Isso é um descaso com a população”, afirma Leidiane Gomes, da direção estadual do MST.

Com a ocupação, as mulheres reivindicam a desapropriação da área para fins de Reforma Agrária e exigem dos órgãos competentes o início dos processos burocráticos.

Várias barracas foram montadas na sede da empresa e as mulheres homenagearam o dirigente do MST Márcio Matos, assassinado em janeiro, dando seu nome ao acampamento.

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Divulgação/MST

8 de março

Leidiane conta que não existe nada melhor para comemorar o Dia Internacional da Mulher do que fazer ocupação no latifúndio improdutivo, “porquê a muito tempo a Frutmag, deixou de gerar emprego e de trazer benefícios para o município de Santo Sé”, explica. Para ela a luta pela Reforma Agrária é central para garantir a construção de assentamentos e quando as mulheres Sem Terra se tornam protagonistas desse processo, a luta tem um “sabor” diferente. “Tem gosto de rebeldia e é simbólico, histórico”.

“Nós vamos resistir. Nosso acampamento está montado dentro da empresa, porque acreditamos que a conquista é fruto da luta coletiva. Não vamos arredar o pé daqui”, enfatiza Gomes.