Contra o agronegócio, Mulheres Sem Terra ocupam às ruas de Teixeira de Freitas-BA

Com faixas, cartazes, músicas e gritos de ordem, a empresa Suzano Papel e Celulose foi escrachada pelas mulheres.

photo_2018-03-13_14-34-36.jpg

 

Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

 

Em Jornada Nacional de Luta, mais de mil trabalhadoras Sem Terra ocuparam as ruas de Teixeira de Freitas, nesta última sexta-feira (9/3), contra o modelo de produção do agronegócio, a violência e a retirada de direitos.

Com faixas, cartazes, músicas e gritos de ordem, a empresa Suzano Papel e Celulose foi escrachada pelas mulheres e recebeu o título de “inimiga do povo”, por conta dos problemas relacionados a crise hídrica no município de Mucuri, causados pela produção em grande escala de eucalipto; a pulverização aérea realizada em suas áreas; os monocultivos; e uso de sementes transgênicas no manejo produtivo.
 

Marcha das mulheres Sem Terra em Teixeira de Freitas..jpg

Para Valquíria Souza, da direção estadual do MST, a luta das mulheres Sem Terra é também pelo direito à terra e por uma política de Reforma Agrária eficiente, porém destaca que o enfrentamento a todo tipo de violência é central para consolidação de uma sociedade com valores fraternos.

“Nossa luta é contra o capital, mas também contra o machismo e a violência, que atinge diretamente as mulheres e os LGBT. Estamos nas ruas para erguer nossa bandeira que representa a vida, daqueles e daquelas, que não desanimam de marchar”, ressaltou Valquíria.

A marcha percorreu as principais ruas de Teixeira Freitas e, após o percurso, as trabalhadoras desocuparam a fazenda Céu Azul, aonde estavam acampadas desde a última segunda-feira (5), quando foi dado início a Jornada Nacional na Bahia, que até então, já mobilizou cerca de 2 mil pessoas no estado.

 

 

*Editado por Rafael Soriano