“A marcha pertence aquelas que lutam pelas causas coletivas da classe trabalhadora”

Durante café da manhã de lançamento na Câmara dos Deputados, os movimentos reforçam que a marcha, além de pedagógica, será um momento de diálogo sobre crise econômica e política com a sociedade.

 

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Foto: Lula Marques

 

Da Página do MST

Na manhã desta quarta-feira (08), os movimentos populares da Via Campesina lançaram a Marcha Nacional Lula livre durante café da manhã de lançamento na liderança do PT na Câmara dos Deputados.  Durante os dias 10 a 15 de agosto, cerca de 5 mil trabalhadores e trabalhadoras marcham até Brasília em luta contra o golpe de 2016 e a consequente retirada de direitos do povo brasileiro. Trata-se de um processo que combina organização interna, estudo/formação e relação permanente com a sociedade.

Segundo Alexandre Conceição, da coordenação Nacional do MST, a marcha visa chamar a atenção da população para a grave crise econômica e política que o Brasil atravessa. “A marcha ganha esse caráter de ser uma marcha da classe trabalhadora para lutar contra as retiradas de direitos, mas principalmente para a retomada da democracia. Não há democracia com Lula preso”, afirmou.

Participaram do café da manhã parlamentares do PT, PC do B e PSB. De acordo com Jandira Feghali (PC do B-RJ),  a prisão arbitraria do Lula, em abril deste ano, e que mesmo assim está como primeiro colocado nas pesquisas e tentará até o último minuto concorrer às eleições de 2018. “Nenhuma campanha terá esta largada. A marcha terá a denúncia sobre o que está acontecendo e apelo por melhorias a este país”, comentou.

Para o coordenador do Núcleo Agrário do PT na Câmara, Nilto Tatto, momento é simbólico na medida em que a população brasileira vem assistindo à derrocada do País em várias áreas. Ele lembrou também que o povo acompanha estarrecido o papel que o Poder Judiciário vem desempenhando na disputa política e partidária que se desenrola com pleito eleitoral.  “Parte do setor Judiciário vem fazendo política partidária, tentando de tudo para impedir que o presidente Lula participe do processo eleitoral. E todos nós sabemos que democracia é aquela em que a vontade do povo se expresse, e a vontade do povo é que o presidente Lula participe da eleição. É preciso ouvir o clamor do povo que quer Lula presidente da República”, conclamou o deputado Nilto Tatto.

“É a primeira vez na história do País que você vê um processo de mobilização social, em que o povo, os movimentos sociais, a sociedade civil organizada e vários partidos políticos – mesmo aqueles que tem candidatura própria – se organizam e se solidarizam para exigir a liberdade do presidente Lula e garantir que ele participe do processo eleitoral”, completou o deputado petista.

Serão mais de 50 quilômetros de caminhada em cinco dias. Os marchantes sairão em três colunas, a a partir das cidades de Formosa-GO, Luziânia-GO e Engenho das Lages-DF em direção à capital federal, Brasília. Integram nas fileiras os movimentos populares do campo e cidade que traz em sua trajetória a defesa dos pobres do campo, na luta pela terra repartida, pela realização da Reforma Agrária e por um projeto popular para o Brasil.

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Em cada parada feita pelos manifestantes, uma programação com rodas de conversa, teatro e intervenções de agitação e propaganda serão feitas a fim de levar à população o debate sobre a democracia. A chegada em Brasília acontece no dia 15 de agosto, último dia para o registro das candidaturas, e a inscrição do Lula será protocolada.

A chegada prevista para o dia 10 de agosto, se soma ao Dia Nacional do Basta!

Estiveram no café da manhã os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Fátima Bezerra (PT-RN), Lidice da Mata (PSB-BA); João Capiberibe (PSB-AP), Humberto Costa (PT-PE). Também estiveram os deputados federais Paulo Pimenta (líder do PT na Câmara), Valmir Assunção (PT-BA), João Daniel (PT-SE); Patrus Ananias (PT-MG), Nilto Tatto (PT-SP); Paulo Teixeira (PT-SP); Janete Capiberibe (PSB- AP), Jandira Feghali  (PCdoB – RJ), Orlando Silva (líder do PCdoB na Câmara), Alice Portugal (PC do B-BA), Leonardo Monteiro (PT-MG), Jô Moraes (PC  do B- MG), Leo  de Britto (PT-AC), Pepe Vargas (PT-RS), Afonso Florence (PT-BA), Henrique Fontana (PT-RS), Benedita da Silva (PT-RJ), Luiz Sérgio (PT-RJ), José Airton (PT-CE), Helder Salomão (PT-ES), Enio Verri (PT-PR), Zeca Dirceu (PT-PR), Bohn Gass (PT-RS), Pedro Uczai (PT-SC), Celso Pansera (PT-RJ) , Wadih Damous (PT-RJ), Adelmo Leão (PT-MG), Rubens Otoni (PT-GO), Valmir Prascidelli  (PT-SP); Vicente Candido (PT -SP), Arlindo Chinaglia (PT-SP), José Mentor (PT-SP), Margarida Salomão (PT-MG) e Ságuas Moraes (PT-MT)

*Com informações do Vermelho e PT na Câmara