Cesta da Reforma Agrária: dois anos de solidariedade com trabalhadores da educação no sul do estado do Rio de Janeiro

A atividade marcou os dois anos de parceria entre o SEPE e o MST
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A atividade marcou os dois anos de parceria entre o SEPE e o MST
 
Da Página do MST 
 
 
Uma importante ação de confraternização e solidariedade entre o campo e a cidade foi realizada neste domingo (25), no assentamento Terra da Paz, no Rio de Janeiro.

A atividade marcou os dois anos de parceria entre o Sindicato Estadual Profissionais de Volta Redonda (SEPE) e o MST, por meio da comercialização da cesta da Reforma Agrária que é organizada pelo Coletivo de Produção Alaíde Reis. 

 
A atividade contou com trabalhadoras e trabalhadores da educação, professores do SEPE de Volta Redonda, Barra Mansa e Resende e representantes comerciais da cidade, que debateram sobre o atual momento, as experiências de trabalho e desafios para o avanço da produção agroecológica. Os participantes também puderam conhecer um pouco da produção no lote de um dos assentados que participou do evento.
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Produção saudável 

O coletivo de produção Alaíde Reis conta com pessoas do assentamento Roseli Nunes e Terra da Paz. Os assentados dividem entre si as tarefas de organização no processo de recolhimento, organização, distribuição e finanças das cestas.

Essa prática coletiva qualifica o trabalho de produção e comercialização e  contribui também na cooperação agroecológica das famílias. 

 
Atualmente o coletivo comercializa para professores e estudantes do SEPE Volta Redonda e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRRJ), além da Rede Ecológica. A produção também é entregue em espaços do próprio MST, como Terra Crioula e o Armazém do Campo.

No trabalho com o SEPE há a proposta de se realizar também vivências no assentamento, de três em três meses, um momento de trocas onde estudantes e professores podem conhecer mais sobre a realidade do campo e suas pautas. Além de alimentos, o coletivo também tem conta com a produção de artesanato e de fitoterápicos do coletivo de saúde.

 
Para Relma, assentada da Reforma Agrária e integrante do coletivo, a produção agroecológica mudou a vida a vida dos assentados.  

“Assim como eu, muitas famílias do assentamento alcançaram seus objetivos através da produção. Eu trabalhava em Volta Redonda como empregada doméstica, saí dessa vida e agora estou aqui vivendo da minha própria produção, com ela eu pago luz, faço as minhas compras e sustento minha família”, afirmou.

 
Produção de alimentos saudáveis, trabalho, saúde e educação são algumas das premissas que garantem qualidade e vida digna para o povo. Para isso, a Reforma Agrária Popular assim como políticas públicas específicas para o campo que visam o fortalecimento da produção e da relação produtor e consumidor como o que está acontecendo na cidade do Rio de Janeiro são fundamentais.