Décima edição da Feira da Reforma Agrária Cícero Guedes: solidariedade entre campo e cidade

Nos três dias, foram comercializadas cerca de 100 toneladas de produtos e alimentos e circularam mais de 6 mil pessoas.

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Por Coletivo de Comunicação MST/RJ
Da Pagina do MST

 

Na última semana, entre os dias 10 e 12/12, o Centro do Rio ficou mais alegre e colorido, cheio de música e alimentos gostosos. Foi a 10ª Edição da Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes, com muita produção dos assentamentos e acampamentos da Reforma Agrária do estado do Rio e estados vizinhos.

Contribua no Catarse para a Feira até o dia 22/12 (clique aqui)

Muito mais que um espaço de comercialização, a Feira Estadual Cícero Guedes foi fruto do trabalho das famílias organizadas nos diversos coletivos das quatro regiões do estado, produzindo alimentos agroecológicos, produtos fitoterápicos e fitocosméticos, artesanato, cultura e sabedoria do campo.

 

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Um espaço para encontrar amigos, conversar com as famílias, dançar e o povo da cidade poder conhecer um pouco mais sobre a luta e as propostas do MST. “A feira foi um sucesso, organizada com organizações populares e de forma autônoma, com grande apoio da sociedade civil. Seguimos mobilizando os amigos da luta pela terra para arrecadar fundos para a Feira”, atesta Raoni Lustosa, da direção do MST no RJ.

Apesar da negativa repentina do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em não executar um orçamento já liberado destinado à Feira, o engajamento coletivo garantiu a realização do evento. “A contribuição das pessoas que foram à Feira somou cerca de 3 mil reais, nos dois dias em que foi organizada uma caixinha”, informa Raoni.

O Movimento segue em campanha de arrecadação por meio de um financiamento coletivo na plataforma Catarse. A campanha do Catarse já arrecadou mais de 10 mil reais de uma meta de 17 mil e segue ate o próximo dia 22. Através do link www.bit.ly/catarse-feirareformaagraria qualquer apoiador pode doar a partir de R$ 10,00 para fortalecer a luta pela alimentação saudável.

Sucesso de vendas

Nos três dias, foram comercializadas cerca de 100 toneladas de produtos e alimentos trazidos para a Feira. Uma grande diversidade de produtos in natura, processados, doces, sucos, bebidas, cachaças, cervejas artesanais. Assim também produtos de saúde, fitocosméticos e fitoterápicos, artesanato, mudas frutíferas, ervas e plantas ornamentais.

 

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Estima-se que circularam cerca de 6 mil pessoas no espaço de mil metros quadrados. Militante do setor de Produção, Cooperação e Meio Ambiente do MST, Raoni também avalia a importância do espaço simbólico que a Feira coloca ao Rio de Janeiro. “Foi grande a circulação de trabalhadores. Isso pra nós é muito importante, ainda mais neste momento político delicado”, argumenta.

Parlamentares veteranos e recém-eleitos também estivera presentes, como o vereador pelo PSOL Renato Cinco, apoiador do evento. A Feira foi incluída na lei municipal 5.999/2015 como Patrimônio Cultural e também parte do calendário da cidade.

O conjunto da sociedade deve contribuir para materializar e efetivar estes ganhos”, explica o dirigente em referência ao Catarse. A campanha está inscrita na modalidade “Tudo ou Nada” e precisa atingir a meta de 17 mil reais para efetivar as doações feitas. (Acesse no link: www.bit.ly/catarse-feirareformaagraria)

A Feira contou também com a participação de diversos parceiros. Estiveram presentes o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), com a produção agroecológica das famílias camponesa do estado de outras regiões do pais, a Rede Carioca de Agricultura Urbana, com as experiências de produção em diversas regiões da cidade, assim como a Feira da Roça de Nova Iguaçu, um importante espaço popular da região.

Outras programações e espaços informativos também tiveram destaque. A Expressão Popular e a Cooperativa Jataí apresentaram à sociedade carioca livros, camisas e outros materiais. A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida trouxe as pautas contra o envenenamento dos trabalhadores do campo e da cidade e o modelo de produção do agronegócio e seu projeto de morte.

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*Editado por Rafael Soriano