No Ceará, MST realiza encontro Estadual das Mulheres Sem Terra

Encontro marca o início da Jornada Nacional de Luta das Mulheres no estado
20190307_150608.jpg
Iane Braga, militante Sem Terra, fala sobre a importância de mostrar as várias formas de violência contra as mulheres. Foto: Aline Oliveira

 

Por Aline Oliveira
Da Página do MST

 

Cerca de 300 mulheres Sem Terra iniciaram nesta última quinta-feira (07), o Encontro Estadual das Mulheres Sem Terra. A atividade deu início a Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra em Fortaleza, com o lema deste ano “Pela Vida das Mulheres, Somos Todas Marielle”.

O encontro acontece no Centro de Formação, Capacitação e Pesquisa Frei Humberto e tem como objetivo ser um espaço de articulação e reflexão sobre temas ligados às questões de gênero, no âmbito da cultura, educação, políticas públicas, dentre outros.

Para Natália Távora, da comunidade de resistência Hermano Magalhães, o espaço ajuda a entender a tarefa enquanto mulher na luta pela Reforma Agrária a partir da conjuntura política atual. “O debate nos faz refletir sobre as mulheres e as principais bandeiras pelas quais lutamos, como a Reforma Agrária, a defesa dos territórios, as lutas contra as privatizações e a Reforma da Previdência. Além de abrir nossos olhos para a violência, como o feminicídio”, explica.

20190307_150528.jpg
Foto: Aline Oliveira

Nesse sentido, a militante do MST Iane Braga ressalta a importância de mostrar as várias formas de violência contra as mulheres a partir da figura de Marielle Franco. “Em nossas formações sempre trazemos a discussão sobre o processo de criminalização dos que lutam. O MST tem sido alvo desse atual governo e precisamos continuar a luta.”

Hoje o grupo de mulheres que participa do Encontro Estadual deve se unir ao Ato pelo 8 de Março, que acontece na Praça General Murilo Borges, conhecida como a Praça da Justiça, a partir das 16 horas, denunciando o desmonte da Previdência, o feminicídio no Brasil e os retrocessos que o governo Bolsonaro representa para o país. A Jornada de Lutas das Mulheres segue até o dia 14, um ano após o assassinato de Marielle Franco e o motorista Anderson Silva.

 

*Editado por Fernanda Alcântara