10 motivos para o trabalhador ser contra a reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro

A proposta de Reforma da Previdência apresentada pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) tem como objetivo atrasar e inviabilizar o acesso ao benefício.

 

Da Página do MST 

 

Hoje (22) mobilizações estão marcadas em todo país como parte do Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência. 

Em todo o país, com o apoio de movimentos populares, entidades e centrais sindicais, serão realizados atos para alertar a população sobre as mudanças propostas pelo Governo Bolsonaro (PSL), que  tem como objetivo atrasar e inviabilizar o acesso ao benefício. A proposta que já tinha sido apresentada no governo Temer foi remodulada e surge ainda mais danosa para classe trabalhadora.

Diante disso, é preciso organizar uma ação de resistência no Congresso e construir um amplo processo de debate com a sociedade.

E, para que isso tenha efetividade, é preciso que todas e todos saibam o quão nocivo esse pacote é para os já aposentados e também para os mais jovens.

Abaixo separamos 10 pontos que mostram o quanto a reforma vai atingir em cheio aqueles e aquelas que mais precisam. 

 

Confira:  

 

1- A proposta cria uma idade mínima de aposentadoria. E, ao final do tempo de transição do projeto, a possibilidade de aposentadoria por tempo de contribuição deixará de existir.

2- Para as mulheres, a idade mínima de aposentadoria será de 62 anos, e para homens, de 65. Além disso, beneficiários terão que contribuir por um mínimo de 20 anos.

3 – A proposta antecipa a idade de benefício para idosos pobres, mas também reduz os valores iniciais pagos. O valor que atualmente é de um salário mínimo (R$ 998) vai passar para R$ 400 para quem tem 60 anos.

4 – A proposta de Bolsonaro acaba com o pagamento da multa de 40% do saldo do FGTS quando o trabalhador se aposentar e continuar na mesma empresa. 

5 – O programa Jovem Aprendiz passa a não contar como tempo de trabalho para a aposentadoria; estima-se que hoje existam 444 mil jovens nesta condição.

6 – Hoje, para a aposentadoria rural, a idade mínima é de 55 anos para mulheres e 60 anos para homens, com tempo mínimo de 15 anos de contribuição. Com a reforma, para os trabalhadores rurais, a idade mínima de aposentadoria passa a ser de 60 anos, para homens e mulheres e a contribuição mínima será de 20 anos. 

7 – Não é apenas a aposentadoria que está em risco, mas outros benefícios ligados à Previdência Social, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), as pensões por morte e invalidez e vários outros serão alterados no valor e, também, nas regras de obtenção.

8 – O método de contribuição para as trabalhadoras do campo também impõe dificuldades, já que a renda da família oscila nos períodos de safra e estiagem, o que pode impossibilitar a contribuição para a previdência.

9 – Outra alteração drástica será a desvinculação da aposentadoria do Salário Mínimo, que será 51% da média dos salários de contribuição, somados a 1% por ano de contribuição. Isto significa que, para se aposentar com um salário mínimo, um/a trabalhador/a rural necessitará ter contribuído por 49 anos e ter começado a contribuir aos 16 anos de idade.

10 – A reforma da Previdência vai afetar os mais pobres, pessoas que dependem integralmente desse benefício para sobreviver. Não considerar o impacto dessas mudanças na vida da população brasileira é contribuir diretamente com o aumento da desigualdade social justamente no momento da vida em que o trabalhador mais precisa.