MST no Paraná cobra avanço da reforma agrária em reunião com o Incra

Encontro teve acampados e representantes do Incra, da OAB e do Governo do Estado do Paraná
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Representantes de cerca de 80 acampamentos e 320 assentamentos no Paraná/ Foto: Diego Ferreira

Por Juliana Barbosa
Da Página do MST

 

Nesta segunda-feira (8), integrantes do Movimento do Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Paraná tiveram uma reunião de negociação com o Instituto Nacional de Colonização da Reforma Agrária (Incra). A atividade faz parte da Jornada de Lutas de Abril, que conta com a participação de 700 integrantes do MST e segue até quarta-feira (10), em Curitiba.
 

O objetivo da reunião foi avançar nas demandas dos cerca de 80 acampamentos e 320 assentamentos no Paraná. Estavam presentes representantes do Incra, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Superintendência de Diálogo e Interação Social do Governo do Estado.
 

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Representantes do Incra, da OAB
e da Superintendência de Diálogo e
Interação Social do Governo do Estado/
Foto Diego Ferreira

O sentimento das famílias é de indignação pela atual situação de paralisação da reforma agrária. Elas relataram ameaças de despejo sofridas em acampamentos do estado, como lembra Ceres Hadich, integrante da direção nacional do MST pelo Paraná. “Reconhecemos que o Incra vive um cenário de sucateamento no âmbito federal, mas isso não impede que haja uma postura ética por parte da equipe do Instituto em prol da reforma agrária e contra a violência no campo”.
 

Atualmente são mais de 10 mil famílias acampadas que produzem alimentos e têm seus filhos frequentando escolas nas comunidades. Alguns desses acampamentos já existem há 30 anos, e ainda  esperam o Incra viabilizar a criação de assentamentos.
 

Em muitos municípios os acampamentos representam a segunda economia local, com produção diversificada escoada por diversas frentes de comercialização, como as feiras livres e ou pelo Programa Nacional de Alimentos Escolar (PNAE).
 

Editado por Fernanda Alcântara