17ª Marcha Estadual do Trabalhador Rural na luta pela Reforma Agrária

Tradicional marcha de Sergipe lembra a importância do trabalhador rural nos dias atuais
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Cerca de 5 mil pessoas participaram da Marcha pelos trabalhadores rurais. Fotos: Fotos: Márcio Garcez

Por Setor de Comunicação MST em Sergipe
Da Página do MST

Sob sol e chuva, trabalhadores rurais de todo estado de Sergipe participaram, nesta quinta-feira, dia 25, da 17ª edição da Marcha Estadual do Trabalhador Rural. Pela manhã, assentados e acampados da reforma agrária, juntamente com trabalhadores da cidade, iniciaram a marcha na praça Ronaldo Calumby Barreto, no conjunto Tiradentes, em Aracaju.
 

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A marcha reuniu cerca de 5 mil pessoas e teve como principal pauta de reivindicação a retomada da reforma agrária no país, paralisada desde o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff. Outras medidas políticas públicas para o campo também estão suspensas, como crédito e assistência técnica, prejudicadas especialmente pela extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário. 

A Marcha também teve como objetivo reafirmar a defesa dos trabalhadores rurais e a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso político desde o ano passado e que, até hoje, cumpre sentença por um processo que comprovadamente foi corrompido.
 

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João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST, esteve presente durante a marcha e contou que acompanha todas as edições do ato, vendo a resistência e a auto-organização dos trabalhadores de Sergipe para garantir, a qualquer custo, que o 25 de julho fosse um dia de luta e de manifestação.

Ele ressaltou que 2019 tem sido um ano muito importante na luta não só do povo Sem Terra como de todos os brasileiros, diante de um governo autoritário como o de Bolsonaro. 
 

“O MST chegou até aqui tendo nascido na ditadura militar. Ajudamos a enfrentá-la e enfrentamos os governos Collor, FHC e Temer. O momento é de ter muita calma e sabedoria, é momento de nos prepararmos, pois só é possível derrotá-lo se tiver uma conjuntura internacional forte, se tiver uma divisão entre eles ou se ação muito forte da oposição”, concluiu.
 

*Editado por Fernanda Alcântara