Seminário Regional discute Educação e Saúde em Minas Gerais

Na regional metropolitana, 30 militantes dos setores de saúde e educação se reuniram para debater as linhas políticas dos setores e as ações do próximo período
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 Seminário Intersetorial de Saúde e Educação foi realizado entre os dias 6 e 8 de setembro.
Fotos: Coletivo CCJLGBT Metropolitana – MST/ MG

Por Gean Gomes
Da página do MST

O Seminário Intersetorial de Saúde e Educação, que teve a duração de três dias (entre os dias 6 e 8 de setembro), foi realizado no acampamento Maria da Conceição, em Itatiaiuçu (MG). O objetivo era ampliar os debates intersetoriais na regional, além de discutir as tarefas relacionadas à saúde e à educação com o todo do Movimento a partir de um olhar político e coletivo.

Para Fábio Luiz, do setor de educação do MST, o Seminário é um marco na forma como os dois setores irão se organizar no próximo período de lutas. “A realização deste Seminário Intersetorial da Saúde e Educação tem relevante importância, visto que foi identificada sua necessidade a partir da realidade das áreas, na regional metropolitana, e que estes setores precisariam se fortalecer nas suas ações nas áreas”, afirmou.
 

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Fábio Luiz também ressaltou a diversidade de questões que o encontro fomentou. “Outro aspecto fundamental é a troca de saberes entre um setor e outro visto que, por exemplo, uma política de saúde implica em dimensões educativas no processo de convencimento das bases e de circulação dos saberes”, explica.
 

Durante o Seminário, a militância da regional pode debater sobre linhas políticas dos setores e a organicidade a partir da análise de conjuntura do período atual de acirramento da luta pela terra, e a partir disso construir planejamentos em consonância com o todo da estratégia do MST. Para Thaís Moreno, do setor de saúde do MST, o objetivo do Seminário é “reunir ideias construtivas, que saiam do papel e se tornem ações concretas nas áreas, que os setores se organizem e façam diferença”.
 

Além da consolidação do setor de saúde na regional metropolitana, da construção de hortas medicinais em cada área a partir de um trabalho coletivo, das agroflorestas, e das oficinas de fortalecimento do setor a partir dos florais, o setor pretende atuar conjuntamente com a educação, para fortalecer os vínculos com a terra e a alimentação saudável desde a infância e a escola.
 

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Pensando coletivamente, o setor de educação apontou como objetivos para o próximo período massificar o coletivo regional a partir de representantes das áreas, realizar o Encontro Sem Terrinha Regional, criar grupos de leituras nas áreas, reforçar o papel das cirandas na mística Sem Terra, manter o acompanhamento da Escola Elizabeth Teixeira no acampamento Pátria Livre, em São Joaquim de Bicas, e incidir nas políticas públicas para que mais escolas possam vir a ser construídas, além de discutir o curso Técnico em Agroecologia, que acontece na região em parceria com a Fundação Helena Antipoff.
 

Sobre a importância da realização do Seminário, Maxuel Silva, do setor de educação, falou sobre como a pauta dos setores atinge hoje um status de necessidade para a sobrevivência da organização social.

“Na atual conjuntura é fundamental discutir questões como saúde e educação, que em momentos de crise e de golpe tendem a se tornar precários, pensar na saúde e na educação do nosso povo acampado e assentado é fundamental para mudar essa realidade, e avançar na compreensão da nossa atual situação é importante para que possamos superar os nossos desafios”.

*Editado por Fernanda Alcântara