Desenhar em Tempos de Quarentena: mais uma ação do MST no combate ao COVID-19

A ideia da campanha é unir os traços e cores do Brasil Sem Terra

Da Página do MST

Diante da pandemia do novo coronavírus (COVID-19), as formas de fazer a luta ganham outras maneiras e contornos.

No Movimento Sem Terra, além das ações de solidariedade, as campanhas de informação, de apoio e proteção às populações mais necessitadas, a arte e a cultura também têm uma função importante para nos ajudar a passar por esse período, em que muitas pessoas se encontram em isolamento social.

Nesse contexto, diversas ações voltadas para o campo da arte têm sido pensadas, uma delas é a campanha Desenhar em Tempos de Quarentena.

A ação tem o desafio de unir pensamentos e a criatividade das trabalhadoras e trabalhadores Sem Terra, para tecer a esperança e lutar pelo futuro da humanidade.

O assentado Anderson Augusto, que é artista plástico, membro do coletivo de cultura do MST em Minas Gerais e um dos idealizadores do projeto, explica que a ideia nasceu a partir de uma articulação de artistas populares internacionais.

“Desenhar em tempos de quarentena é um projeto que foi inspirado no Encontro Internacional de Artistas, que aconteceu no México em fevereiro de 2020. Nesse encontro foi proposta uma articulação anti-imperialista dos artistas no mundo todo. Aqui no Brasil, essa proposta foi bem acolhida e como entramos nesse contexto específico da pandemia do novo coronavírus a temática foi absorvida”, conta.

Ao desenhar somos capazes de expressar experiências de participação social por intermédio da arte. Também é comprovado que ao desenhar recorre-se ao hemisfério direito do cérebro, considerado uma região emocional e que leva ao raciocínio criativo e intuitivo. Por isso, além de “desestressar”, a atividade também ajuda a desenvolver habilidades como a criatividade, a emoção e a percepção.

Pessoas de todo o país têm participado. A campanha não analisa o compromisso estético dos desenhos, desde que esses estejam dentro da temática proposta.

A ideia é unir os traços e cores do Brasil Sem Terra e, a partir da arte e dos desenhos, estimular os trabalhadores do campo a vislumbrar um futuro melhor e mais colorido.

Nas palavras de Anderson, a proposta é uma maneira de unir os pensamentos das camponesas e camponesas, a nossa criatividade e tecer a esperança. “Durante toda a história da humanidade a arte sempre teve o papel de atingir os nossos sentimentos e acolher a nossa sensibilidade, agora não será diferente”, finaliza.

Para participar ou acompanhar os trabalhos já realizados é simples, basta postar o seu desenho dentro da temática no Instagram e marcar o MST @movimentosemterra.