Sem Terra de Santana do Livramento doam alimentos da Reforma Agrária

Mais de de uma tonelada de produtos foram arrecadados e destinados à famílias carentes e entidades da região
Na fronteira oeste do RS, Sem Terra doam alimentos e produtos. Foto: MST/RS

Por Maiara Rauber
Da Página do MST

Na semana em que o Rio Grande do Sul ultrapassa a marca de mais de 2500 pessoas infectadas pelo novo coronavírus, assentados do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) doam alimentos para o combate à fome gerada pela pandemia.

Na cidade de Santana do Livramento, famílias se unem com a Cooperativa Regional dos Assentados da Fronteira Oeste (Coperforte) e arrecadam mais de uma tonelada de produtos. 

“Para nós, é fundamental poder contribuir nesse momento em que todos estão passando por dificuldades. Estamos aqui para mostrar à sociedade que os assentados de Santana do Livramento estão compartilhando a sua produção,” relata Rosi de Lima Costa, coordenadora financeira da Coperforte.

Os alimentos doados foram entregues à assistência social do município, que distribuiu parte da doação para as entidades Lar de Meninas, Asilo Mário Motta, Movimento Meninas e Meninos de Rua, Centro Beneficente Maria Abigail Clube de Mães Dona Zoraide. Já o restante dos produtos serão doados à famílias carentes da cidade. 

Entre os mil quilos de produtos doados dos assentamentos, estavam alimentos como abóbora cabotiá, mandioca, batata doce, moranga, milho verde, laranja e chuchu. Além deles, 200 kg de produtos industrializados e 300 litros de leite barriga mole, produzido pela Coperforte. 

Copeforte doa 300 litros de leite para comunidade no Rio Grande do Sul. Foto: MST/RS

“Ficamos realmente emocionados com a sensibilização das nossas famílias, que hoje vivem uma estiagem grave. Mesmo assim, o pouco que produzimos e com espírito de solidariedade e amor, compartilhamos com quem mais precisa neste momento” destaca Rosi.

Ela ainda fala de uma nova arrecadação de alimentos para doação e finaliza dizendo que “Estamos cumprindo com o nosso papel social. Conquistamos a terra e hoje estamos dividindo a nossa produção”.

* Editado por Luciana Console