Efeitos da pandemia do coronavírus na América Latina

Do Tricontinental

O impacto da pandemia causada pelo novo coronavírus na América Latina potencializou uma série de processos que já vinham ocorrendo antes da aparição do vírus, tanto no plano econômico e social quanto em relação às reformas neoliberais. As consequências dessas políticas estão sendo vivenciadas com a drástica crise sanitária e humanitária que assola a região, responsável, até o final de junho, por mais de 23% da população mundial infectada pela Covid-19 e 22% do total de mortes. As causas e consequências desse processo, que converteu a região no novo epicentro mundial da pandemia, são temas do dossiê 30 do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social, “América Latina sob o Coronachoque”.

A expansão do vírus desnudou o desmantelamento e a privatização da saúde pública – resultado de décadas de neoliberalismo – e a precarização do trabalho e das condições de vida dos setores populares. Em 2018, por exemplo, a Argentina extinguiu seu Ministério da Saúde e o transformou em Secretaria de Estado.

As estimativas são que essa seja a pior retração econômica regional desde 1930, com uma queda do PIB para 2020 da ordem de 5,3%. Além disso, há a perspectiva de crescimento nos índices de pobreza, afetando 34,7% da população. Esse aumento significaria um retorno à situação do início do século, antes do ciclo de governos progressistas na região. O Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas também advertiu que cerca de 14 milhões de pessoas poderiam sofrer com a fome e a insegurança alimentar este ano.

Neste sentido, o dossiê “América Latina sob o Coronachoque” apresenta algumas reflexões sobre essas questões, bem como os efeitos, ações e desafios que esses processos colocam diante dos movimentos populares em relação à formulação de alternativas.

Acesse o dossiê 30 completo: https://bit.ly/3iwSSbQ