Conheça as principais cadeias produtivas da Reforma Agrária no Nordeste

Acompanhe as matérias especiais sobre a produção camponesa nordestina a partir do mês de novembro e saiba mais sobre e trajetória de cooperadas(os), das cooperativas e agroindústrias que conquistadas pelo povo Sem Terra

Colheita dos frutos da Reforma Agrária, Alagoas. (Foto: Gustavo Marinho/Acervo: MST/AL)

Por Lays Furtado
Da Página do MST

Hoje, mais de cem cooperativas, cerca de cem agroindústrias e quase 2 mil associações geram renda para milhares de assentadas e assentados e acampadas e acampados Sem Terra, distribuídas por todo o país. E é cultivando a terra, compartilhando trabalho e seus frutos, que além de garantir a subsistência das famílias acampadas e assentadas; também contribuímos para o sustento de outras comunidades do campo às cidades. Por meio dos alimentos que vão para as feiras da Reforma Agrária, assim como os que são beneficiados por cooperativas e agroindústrias que abastecem comércios locais, associações e a merenda escolar.

No Nordeste, região que acumula a maior população ocupada no campo do país, as principais cadeias produtivas englobam uma série de alimentos comuns à mesa de seu povo e da sua cultura. Onde da terra se extrai macaxeira, jerimum, milho, feijão, frutas tropicais, onde há produção de mel, carnes e leite bovino e da caprinovinocultura. Sendo uma região de destaque na pecuária, por concentrar mais de 90% do rebanho de caprinos e 65% de ovinos do Brasil, segundo dados da Embrapa de 2018.

Ao longo dos 36 anos do MST, que existe há 33 anos no Nordeste, estamos em movimento junto com a classe trabalhadora. Onde cada vez mais mostramos que é possível produzir alimentos de modo cooperativo e sem veneno. Desenvolvendo uma produção cada vez mais voltada para a agroecologia e gerando frutos agroecológicos que possibilitam a preservação da natureza e de uma economia sustentável. E onde é preciso que haja políticas públicas e investimentos para manter e projetar trabalho, renda e condições dignas de vida para o povo do campo, beneficiando também as zonas urbanas.

Assentada Vandélia Maria em sua banca durante Feira da Reforma Agrária em Maceió/AL. (Foto: MST Alagoas)

A partir deste mês de novembro e nas próximas semanas apresentaremos matérias especiais sobre as principais cadeias produtivas de alimentos do Nordeste.

Com o especial será possível conhecer um pouco da trajetória e importância dessa produção de alimentos nos assentamentos de Reforma Agrária do Nordeste e nacionais. Como também saber mais sobre a realidade dessas pequenas e pequenos agricultores agricultoras, que fazem da agricultura familiar camponesa e da luta pela Reforma Agrária Popular seu instrumento de vida e trabalho por um bem social comum. Também são famílias cooperadas em busca de alternativas aos modelos tradicionais de exploração do sistema capitalista.

* Esta é o primeiro texto de uma série de reportagens sobre as principais cadeias produtivas do Nordeste. Estaremos atualizando os especiais de acordo com a publicação na página do MST. Confira!

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**Editado por Solange Engelmann