Plano Nacional de Plantio de Árvores: MST lança Caderno de subsídios

O intuito é que o material seja utilizado como subsídio teórico e prático na implementação do plano pela base Sem Terra
Caderno de Agroecologia busca contribuir na massificação da Agroecologia nos territórios da Reforma Agrária Popular. Foto: Divulgação MST

Por Solange Engelmann
Da Página do MST

Com intuito de contribuir em diferentes debates em torno da organização e massificação da Agroecologia nos territórios da Reforma Agrária Popular, ou seja, nas áreas de assentamentos e acampamentos, o MST lança o primeiro Caderno de Agroecologia.

Organizado pelo setor de produção do Movimento, o documento disponibiliza um conjunto de artigos para subsidiar a implementação do Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis, que visa plantar cem milhões de árvores nos próximos dez anos, como explica a coordenadora nacional do plano, Barbara Loureiro.

“O Caderno tem essa ideia de trabalhar o tema do plantio de árvores, entendendo que é uma tarefa de longo prazo, de dez anos. Sendo um subsídio para nos organizarmos coletivamente e planejar nos nossos estados e regiões como vamos realizar essa grande tarefa/missão, que a conjuntura ambiental e agrária tem nos colocado, de produzir alimentos saudável e plantar árvores por todo país”, argumenta ela.

Capa do Caderno. Foto: Divulgação MST

A produção do material foi pensada para atuar como suporte de estudo e formação nas ações organizativas das coordenações, da militância, em cursos de formação, núcleos de base e grupos coletivos do MST. Fornecendo elementos teóricos e práticos para compreensão e implementação do Plano Nacional Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis. Porém, é fundamental que cada região, estado e territórios adaptem os conteúdo e aprendizados às realidades locais e necessidades concretas.

O Caderno de Agroecologia nº 01 está organizado em dois blocos, o primeiro apresenta conteúdo de fundamentação teórica e histórica, sobre o modo de produção capitalista e o meio ambiente, histórico do MST no cuidado com os bens comuns e o papel da agrofloresta na construção do socialismo, já o segundo bloco traz subsídios práticos para orientar a prática e implantação de experiências da base Sem Terra.

“O primeiro bloco busca sistematizar o nosso entendimento coletivo sobre a crise capitalista e suas consequências ambientais, ao mesmo tempo que lança as reflexões sobre o papel do Plano nessa conjuntura. O segundo tem um caráter mais prático para organizar o Plano, desde o planejamento até as atividades produtivas, como coleta de sementes, construção de viveiros e técnicas de plantio”, ressalta Luiz Zarref, do setor de produção do MST em Goiás.

Barbara conta ainda, que o processo de produção do caderno foi realizado por um coletivo de militantes e pensadores do Movimento de vários estados, que se envolveram na escrita dos textos, a partir de suas experiências. Portanto, considerando a relevância do tema, “a intenção também foi produzir um material impresso bonito e atrativo para despertar o interesse. Para que nossa base tenha em mãos e sinta a simbologia e a mística, que o nosso Plano do plantio de árvores também nos traz”, conclui.

*Editado por Maura Silva