8 de Março

Mulheres do MST no Pará desenvolvem atividades no mês de luta das mulheres

Atividades da Jornada das Mulheres Sem Terra 2021 já foram iniciadas no Pará

Plenária estadual das mulheres contou com mais de 100 participantes de 33 municípios. Foto: Divulgação/Reprodução

Por Viviane Brigida
Da Página do MST

As mulheres camponesas destemidas, ousadas e sonhadoras do estado do Pará iniciaram suas atividades alusivas à Jornada das Mulheres Sem Terra 2021. Com lema nacional “Mulheres pela vida! Semeando resistência, contra a fome e as violências!”, as paraenses realizarão atividades nos territórios e se somam às ações integradas da Frente Feminista Pará, composta por mais de 50 organizações de mulheres no estado.

Respeitando os protocolos de saúde e em defesa da vida, em prol do distanciamento social e o uso de máscaras para enfrentar a pandemia da Covid-19, elas usam da criatividade para promover ações em defesa das mulheres e na denúncia contra as violências e crescentes violações na Amazônia.

As trabalhadoras estão programando intervenções artísticas, culturais, atividades de forma virtual e ações de solidariedade como doação de sangue, plantio de árvores e divulgação de manifestos.

Frente Feminista do Pará

Neste ano, a Frente Feminista comemora 10 anos. Desde 2011, representações das mulheres do campo, das águas, da floresta e da cidade se unem para a realização de atividades pelos direitos das mulheres. São integrantes e representantes de diversas categorias e seguimentos de movimentos sociais, sindicalistas, religiosas, de partidos políticos, indígenas, quilombolas, LGBTQI, etc.

Com lema unificado “Pela vida das mulheres e territórios. Fora Bolsonaro e Mourão”, este ano no 8 de março as mulheres realizarão atividades entre os dias 03 a 14 de março. Na manhã desta quarta-feira (03) aconteceu a plenária estadual das mulheres, de forma online, com mais de 100 participantes de 33 municípios. O evento contou com a participação das deputadas federais Érika Kokay (PT-DF), da Frente Feminina, no Congresso, Vivi Reis (PSOL-PA), da indígena Okitidi Sompré da União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (UMIAB) e das mulheres dirigentes do MST e da Via Campesina.

Entre os assuntos abordados estavam o enfrentamento e os impactos da pandemia no atual cenário político brasileiro, o aumento de casos de feminicídio e de violência doméstica, a fome e a vacinação. Além de intervenções poéticas e musicais.

No dia 8 de março, as mulheres promovem o “Amanhecer Feminista”, ações em todo estado do Pará, com teatro-imagem e intervenção artística nas cidades de Belém e Ananindeua, dentre elas o “Monumento dos sapatos”, expressando a quantidade de assassinatos de mulheres no Pará e no Brasil.

O calendário segue até o dia 14 março, data marcada para realização atividades em memória e legado de Marielle Franco, em que se completam três anos do assassinato da vereadora no Rio de Janeiro e também do nascimento de Carolina de Jesus, compositora, poetisa brasileira, que foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil, uma das mais importantes escritoras do país. A programação encerra com o “Festival Feminista” ato político, lúdico e cultural totalmente online, a partir das 16h.

Acompanhe a programação das mulheres pelas redes sociais do movimento e pela página do Facebook da Frente Feminista 8 de março – Belém/Pa.