Bahia

MST e o Governo da Bahia debatem Agricultura Familiar e Reforma Agrária no Estado

A reunião realizada durante a semana passada discutiu ações estratégicas para o fortalecimento dos temas
Foto: Comunicação do MST na Bahia

Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

Entre os dias 30/09 a 03/10 aconteceu a reunião da Direção Estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST na Bahia, no Centro de Treinamento da SDR, na capital do estado, Salvador.

Entre as atividades propostas na programação, o evento contou com o intercâmbio de experiências e fomentou o desenvolvimento de ações estratégicas com a Secretaria de Desenvolvimento Rural – SDR, a Secretaria de Educação do Estado da Bahia, Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento – SIHS, Secretaria de Relações Institucionais da Bahia – SERIN e Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Governo do Estado da Bahia – SEPROMI.

A Secretária Nacional de Movimentos Populares do PT, Lucinha Barbosa, esteve presente durante as atividades, onde afirmou que a pactuação e repactuação de compromissos são muito importantes para o fortalecimento da Reforma Agrária, sobretudo diante de uma conjuntura nacional de desmonte e sucateamento do INCRA e de ausências de politicas públicas para o campo.

“O Governo do Estado tem ido no sentido oposto ao desgoverno do presidente genocida, mostrando que reconhece a relevância do MST para a Bahia. Sem a produção do Movimento, por exemplo, faltaria alimento nas cidades baianas. Ou seja, fomentar a produção dos agricultores familiares é valorizar quem está na labuta do campo produzindo a comida que a cidade consome”, afirmou Lucinha.

Durante os dias de reunião, as(os) trabalhadoras(es) Sem Terra reapresentaram a pauta de reivindicações das famílias do campo, ao tempo que acompanharam o andamento das demandas apresentadas ao Governo do Estado.

Na ocasião, o Governo do Estado apresentou as ações que estão sendo desenvolvidas e anunciou a realização de novos projetos, fruto das reivindicações das famílias Sem Terra, demostrando o comprometimento frente às demandas das famílias do campo.

Foto: Comunicação do MST na Bahia

Dentre as ações desenvolvidas, o governo anunciou o lançamento do Edital Dinamização Produtiva de Assentamentos Rurais da Bahia, atendendo à reinvidicação histórica das famílias Sem Terra que buscam o fortalecimento das redes produtivas das áreas de assentamentos do estado.

Na ocasião, apresentou também a execução do projeto que visa abertura de 500 km de estradas em mais de 30 assentamentos da Bahia, a concretização da obra do Armazém do Campo, já em construção no Pelourinho; a instalação de 38 poços artesianos nos assentamentos e equipamentos agrícolas; a liberação de equipamentos agrícolas, entre outros; o fortalecimento das escolas do campo, como melhorias de infraestrutura, transporte, alimentação escolar, PNAE, educação profissional, reflorestamento, entre outros.

Diante disso, o Deputado Federal Valmir Assunção (PT/BA), afirmou que a relação de parceria entre o Governo do Estado e o MST tem sido fundamental para o desenvolvimento da agricultura familiar.

“A nossa luta em defesa da agricultura familiar tem sido incansável. Temos trabalhado diariamente para melhorar a vida e as condições de produção dos agricultores familiares dos assentamos e acampamentos em todo os municípios baianos. Sem dúvidas, a parceria com o Governo do Estado tem sido muito importantes para o desenvolvimento da qualidade de vida das famílias do campo”, afirmou o Assunção.

Jeandro Ribeiro, chefe de gabinete da SDR, salientou que “o Estado enxerga grande potencial produtivo que há nos assentamentos de reforma agrária, uma produção de alimentos saudáveis, sem agrotóxico, com princípios agroecológicos. É por isso que a Bahia inova com um edital específico para esse público”.

Para Evanildo Costa, direção nacional do MST na Bahia, a reunião com os(as) secretários(as) do Governo da Bahia possibilita a ampliação do diálogo entre as partes e isso, por sua vez, se traduz em mais conquistas e benefícios para as famílias do campo, especialmente em um momento de perseguição e ataque do Governo Federal aos direitos dos movimentos sociais.

*Editado por Fernanda Alcântara