Revolucionários

24 questões importantes para entender o pensando de José Martí

Conheça mais sobre as reflexões do lutador no dia em que ele faria 169 anos

Da Página do MST

Há 169 anos nascia em Havana, Cuba, um homem de estatura pequena, mas de vontade férrea. Anos depois, era ele quem finalizava os planos para conquistar a independência de sua ilha natal, Cuba, do domínio colonial que a Espanha exercia sobre ela há quatro séculos.

Conheça um pouco mais sobre os pensamentos e linhas políticas de José Martí, criador do Partido Revolucionário Cubano (PRC) e organizador da Guerra de 1895.

  1. Há pessoas que vivem contentes, ainda que vivam sem brio.  Há outros que padecem como em agonia quando vêem que há pessoas que vivem sem brio. No mundo é preciso ter certa quantidade de brio, como é preciso ter certa quantidade de luz. Quando há muitos seres humanos sem brio, há sempre outros que têm em si o brio de muitos homens. Estes são os que se rebelam com força terrível contra os que roubam a liberdade dos povos, o que é o mesmo que lhes roubar o brio. Nestes homens vão milhares de outros homens, vai um povo inteiro, vai a dignidade humana.
  2. Somente a opressão pode temer o pleno exercício da liberdade.
  3. Quando alguém sabe para que serve tudo o que dá na terra, e sabe o que os seres humanos já fizeram neste mundo, sente o desejo de fazer ainda mais do que já foi feito. Isto é a vida. Porque as pessoas que estão com os braços cruzados, sem pensar e sem trabalhar, vivendo do que outros trabalham, estas pessoas comem e bebem como as demais, mas na verdade elas não estão vivas.
  4. Qualquer pessoa é criminosa quando promove uma guerra evitável e também o é, quando não promove uma guerra inevitável.
  5. Posto que a viver vem o homem, a educação há de prepará-lo para viver. Na escola se deve aprender o manejo das forças com que na vida se há de lutar. Escola não se deveria dizer, mas sim oficina. E a caneta se deveria manejar nas escolas pela tarde, porém de manhã, a enxada.
  6. Toda pessoa tem o dever de cultivar sua inteligência, por respeito a si próprio e ao mundo.
  7. Que cada um aprenda a fazer algo de que necessitem os demais.
  8. A educação não é nada mais do que isso: a habilitação das pessoas para que obtenham com honradez os meios de vida indispensáveis no tempo em que existem, sem rebaixar por isso as aspirações mais delicadas, superiores e espirituais, que são a melhor parte do ser humano.
  9. Quem queira povo, deve habituar a todos os homens e as mulheres a criar.
  10. A pobreza passa, a desonra não.
  11. Para as crianças trabalhamos, porque são elas as que sabem querer, porque as crianças são a esperança do mundo. E queremos que nos queiram, e nos vejam como coisa de seu coração.
  12. Para as crianças não se deve dizer mais do que a verdade. E ninguém deve dizer-lhes o que não tenha certeza de que é como está dizendo, porque as crianças vivem acreditando no que lhe disse o livro ou professor, e trabalham e pensam como se isso fosse verdade. Se lhe dizem mentiras, sua vida se fará de modo equivocado. E não podem ser felizes se não sabem como as coisas são de verdade. Nem podem voltar a ser crianças para começar a aprender tudo de novo.
  13. E pensamos que não há melhor sistema de educação do que aquele que prepara a criança a aprender por si mesma.
  14. O educador é letra viva.
  15. A educação é como uma árvore. Semeia-se uma semente que se abre em muitos ramos.
  16. Sabias? É mais feliz o povo que melhor tem educado aos seus filhos.
  17. A natureza inteira treme diante da consciência de uma criança.
  18. A liberdade custa caro e é necessária. Ou nos resignamos a viver sem ela, ou nos decidimos a pagar seu preço.
  19. Fazer é a melhor maneira de dizer.
  20. As coisas boas devem ser feitas sem chamar todo mundo pra ver. É bom porque é. E porque lá dentro de nós se sente um gosto quando se faz um bem, ou quando se diz algo útil para os demais. Isso é melhor que ser príncipe: ser útil.
  21. As crianças deveriam lançar-se no choro quando passem um dia sem que aprendam algo novo ou sem que prestem algum serviço a alguém.
  22. Assim é a vida: não cabe nela todo bem que podemos fazer. As crianças deveriam juntar-se pelo menos uma vez por semana, para ver a quem poderiam fazer algum bem, todos juntos.
  23. Antes tudo se fazia com os punhos. Agora, a força está no saber, mais do que nos socos. Mas é bom aprender a defender-se, porque sempre há gente besta no mundo; porque a força dá saúde. E porque é preciso estar pronto para pelear quando um povo ladrão queira vir roubar nosso povo. Para isso é bom ser forte de corpo. Porém para o demais da vida, a força está em saber muito.
  24. Assim queremos que as crianças da América sejam: pessoas que digam o que pensam e o digam bem: pessoas eloqüentes e sinceras.

*Editado por Fernanda Alcântara