Vigília

Prefeito de Quedas do Iguaçu/PR atende parcialmente luta por estrada, saúde e educação

Em reunião fechada com lideranças da Vigília da Resistência, prefeito Elcio Jaime firma acordo que não atende todas as demandas das áreas de Reforma Agrária

Foto: MST no Paraná

Por Setor de Comunicação do MST região Centro do Paraná
Da Página do MST

Após 3 dias de vigília e mobilizações por estrada, saúde e educação, na tarde desta quarta-feira (08/06) o prefeito de Quedas do Iguaçu/PR, Elcio Jaime, firmou acordo com as famílias camponesas. Em uma reunião somente com lideranças, o prefeito seguiu alegando que o município não tem verba suficiente para atender toda a pauta, mas se comprometeu a atender parcialmente às demandas das famílias.

Desde segunda-feira (06/06), cerca de 300 moradores das áreas de assentamento e pré-assentamento de Quedas do Iguaçu, mobilizados em frente a prefeitura exigiam melhorias em 400 quilômetros de estradas que perpassam diversas comunidades rurais, além de exigir melhorias na educação e saúde. O protesto foi batizado de “Vigília da Resistência”, e resultou em uma audiência pública com o prefeito e os vereadores do município, realizada na tarde desta segunda. No entanto, durante a audiência, o prefeito negou resolver as demandas da população, alegando não ter recursos para as obras e se retirou sem dar uma solução concreta aos problemas apresentados.

Somente na tarde de ontem ele voltou a dialogar com as lideranças e firmou um acordo que atende parcialmente a demanda das famílias. O acordo prevê que na próxima segunda-feira (13/06) duas patrulhas se desloquem para realizar o a manutenção das principais estradas do assentamento Celso Furtado e dos pré-assentamentos Dom Tomas Balduíno, Fernando de Lara e Vilmar Bordin. Na saúde, o avanço firmado é de que a comunidade Bom Jesus, que estava sem médicos, voltará a ter a UBS ativa com atendimento médico a partir do dia 13 de junho.

Foto: MST no Paraná

Jonas Fures, camponês, dirigente do acampamento Dom Tomas Balduíno, explicou que após o diálogo com o prefeito, a coordenação da Vigília da Resistência optou por se retirar do pátio da prefeitura para facilitar o andamento do acordo. “A gente também avaliou que era preciso desmobilizar na frente da prefeitura, até para que o prefeito tenha condições de coordenar os trabalhos a campo agora”, explicou o camponês. Jonas ainda afirma que as famílias seguem mobilizadas para fiscalizar os trabalhos. “Mas a gente não vai recuar no sentido de cobrar e de denunciar, se for preciso!”, afirmou. 

O camponês morador do assentamento Celso Furtado, Modesto Augusto Ferreira, também comentou que as famílias seguem mobilizadas. “A gente segue em luta,  segue mobilizado nas bases”. E completou que se a prefeitura não cumprir imediatamente o acordo, a mobilização e cobrança serão mais intensivas. “Se não for resolvido imediatamente essa demanda, esse pedido pros assentamentos e pré assentamentos, a gente estará se mobilizando bem mais forte ainda!”, declarou.

As famílias seguem lutando por seus direitos, e buscando soluções  imediatas no campo jurídico e político. Soluções que atendam toda a pauta que exige melhorias nas estradas, saúde e educação.

Foto: MST no Paraná

*Editado por Fernanda Alcântara