Eleições 2022

Mais 2 Comitês Populares são inaugurados no interior do estado de SP

Na manhã de hoje, 24, foram inaugurados os Comitês Populares das regiões de Araçatuba e Presidente Prudente
Comitês Populares em São Paulo. Foto: Diógenes Rabello

Da Página do MST

Uma série de atividades vêm sendo realizadas em Andradina, no interior do estado de São Paulo, nestes últimos dias. As atividades começaram com uma mobilização do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para o Seminário Estadual “Reforma Agrária e Soberania Alimentar”, que aconteceu nos dias 22 e 23, e encerra na tarde de hoje com o “Ato pela Reforma Agrária e Democracia”, que marca a inauguração do laticínio da cooperativa de agricultores familiares COAPAR, localizada no mesmo município.

Compondo essa programação de mobilizações do campo popular, na manhã de hoje foi inaugurado o quinto dos 11 Comitês Populares macro regionais previstos para o estado de São Paulo. A atividade contou com militantes do MST, da CUT e outras centrais sindicais, sindicatos e partidos.

Os Comitês Populares de Luta estão sendo construídos para ser um instrumento de organização popular para dar intencionalidade e pautar a campanha presidencial de Lula, e para o governo do estado de São Paulo com Haddad. Esses comitês estão sendo organizados em todos os territórios Sem Terra espalhados do Brasil com diversas atividades de mobilização, agitação e propaganda, seminários e outras estratégias de formação e trabalho de base visando a elevação do nível de consciência da população.

O entendimento do MST é de que, frente à atual conjuntura, é preciso fazer uma campanha de massas para organizar o povo, no sentido de que cada comitê não seja somente um espaço para discutir campanha, mas para discutir e construir um projeto popular para o Brasil.

Para Kelli Mafort, da Direção Nacional do MST, “os Comitês Populares tem três fases: a primeira já iniciamos desde o começo do ano, que é de trabalho de base e diálogo com o povo; a segunda é de agitação e propaganda na campanha política eleitoral a partir de agosto; e a terceira fase é avançar nos comitês populares como acúmulo de forças para o poder popular. Queremos que o povo ajude a governar e definir os rumos do nosso Projeto Popular para o Brasil”, afirmou.

Segundo Mafort, as eleições de 2022 são decisivas para definir o futuro da democracia brasileira e assegurar o direito de existir dos povos. O governo atual, genocida, em consonância com a crise estrutural do capital está matando as pessoas de diversas formas. Por isso, precisamos construir ferramentas de politização da população debatendo quais são os problemas reais que enfrentamos e como solucioná-los.

Telma Victor, presidenta da CUT São Paulo em exercício, reforça que “esses Comitês Populares estão sendo lançados em todo o estado de São Paulo e também em todo o Brasil. É uma organização não só da Central Única dos Trabalhadores, mas de todas as centrais sindicais e também de parceiros sindicais e movimentos sociais, porque estamos nos organizando para poder fazer um enfrentamento mediante a todas as perdas que estamos tendo neste último período.”

Telma Victor também lembrou da conjuntura destes Comitês. “Estamos vivendo uma conjuntura em que há carestia, a fome, as pessoas perdendo o direito de ter uma moradia digna, pessoas que tiveram que abandonar suas casas porque não têm condições de pagar os seus alugueis. Hoje são quase 34 milhões de pessoas que estão passando fome, isso mais ou menos quer dizer que a cada 10 pessoas, 6 estão entrando nessa situação e isso é muito preocupante”, concluiu.

A previsão é de que até final do mês de julho todos dos 11 Comitês Populares previstos sejam inaugurados no estado de São Paulo.

*Editado por Fernanda Alcântara