Violência no Campo

Nota de repúdio contra qualquer tipo de criminalização da luta do MST e violência no campo

MST no estado do Maranhão repudia a acusação caluniosa sobre queima de pilhas de eucalipto
Foto: MST no MA

Da Página do MST

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no estado do Maranhão repudia a acusação caluniosa, que o responsabiliza pela queima de pilhas de eucalipto, cortados pela empresa Viena Siderúrgica.

Trata-se de uma empresa que mantém permanentemente segurança armada, ameaçando as famílias moradoras no acampamento Marielle Franco.

O acampamento Marielle Franco surgiu a partir da organização de famílias da região, para reivindicar a criação do assentamento numa área grilada pela empresa Viena Siderúrgica que pertence à gleba pública.

O acampamento Marielle Franco é uma comunidade com vida e produção no campo. Possui Escola, igrejas, associação, campo de futebol possibilitando espaços de cultura e lazer para as famílias.

A comunidade é referência na produção e comercialização de alimentos e contribuiu para a reativação do mercado municipal de Itinga do Maranhão.

No dia 3 de setembro, houve uma atividade cívica na comunidade, com a participação da secretaria de educação do município de Itinga do Maranhão, lideranças políticas e representantes das escolas do campo da região.

Após essa atividade, milicianos armados, que se identificam como policiais, entraram no acampamento para tentar reter ferramentas de trabalhos e motos, motivo que levou os acampados a se organizarem para retirada dos milicianos do local.

Após este episódio, a empresa Viena Siderúrgica ameaça entrar de forma violenta para derrubar as moradias de aproximadamente 150 famílias que moram na comunidade.

O MST denuncia toda forma de criminalização da sua luta e exige que seja apurado a origem do fogo.

Para nós é evidente que esta calúnia passa por uma tentativa de efetivar qualquer tipo de ataque contra as famílias, a fim de despejá-las de uma área que encontra-se num processo jurídico em andamento, e ao qual evidencia fortes indícios de grilagem, por parte da empresa.

O MST denuncia toda forma de violência no campo contra trabalhadores que lutam para garantir seu direito à terra e reafirmamos a necessidade de efetivar as políticas de Reforma Agrária sucateadas pelo governo atual.

Lutar, construir Reforma Agrária Popular!!!!

5 de setembro de 2022

Direção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no estado do Maranhão