Jornada Nacional

Movimentos populares cobram medidas contra assassinato e violência no campo, no TO

Durante a Jornada de Lutas, na segunda (17), diversos movimentos populares se reuniram com o Secretário de Cidadania e Justiça do Governo do Tocantins
Representantes dos movimentos cobraram celeridade nas investigações do assassinato do militante Raimundo Nonato e medidas de proteção contra a violência do agronegócio. Foto: MST TO

Da Página do MST

Como parte da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, realizada pelo MST em todo o país, durante está semana, na última segunda-feira, 17 de abril, vários movimentos sociais como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento Estadual de Direitos Humanos – MEDH, Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Conselho Estadual de Direitos Humanos, Centro de Direitos Humanos de Palmas (CDHP) e liderança indígena Xerente participaram de um encontro com o Secretário de Cidadania e Justiça do Governo do Tocantins.

Durante a conversa os movimentos populares do estado cobraram celeridade nas investigações do assassinato do militante Raimundo Nonato, conhecido como Cacheado. Até o momento a justiça não apontou nenhuma pista de possíveis mandantes e executores do crime, que ocorreu no dia 13 de dezembro de 2022, no município de Araguatins (TO), na região do Bico do Papagaio. 

Foto: MST TO

Também foram debatidas as demanda sobre a criação do Programa de Proteção de Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (PROVITA) que está sendo criado no estado, com a participação mínima da sociedade civil. Os representantes dos movimentos também externaram as preocupações sobre o aumento dos assassinatos de trabalhadores rurais e lideranças dos movimentos populares, e cobraram medidas por parte do estado para frear a ofensiva do agronegócio e do latifúndio sobre os territórios indígenas, quilombolas e camponeses no Tocantins.

Os conflitos por terra aumentaram nos últimos anos na região Amazônica e em todo o Brasil, resultando em violências contra os povos que vivem nos territórios, como desejos forçados e assassinatos.

Ao final, foi solicitado à Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça a realização de uma Audiência Pública com a participação da sociedade civil organizada, para debater as questões relacionadas ao combate às violências e a construção de mecanismos de proteção das lideranças e militantes dos movimentos sociais do campo e da cidade.

*Editado por Solange Engelmann