Cultura e Política

Artistas pela Reforma Agrária: Zeca Baleiro, aquele que não se acomoda nem se repete

Atração desta noite na 4ª Feira Nacional da Reforma Agrária, Zeca Baleiro é sinônimo de boa música e postura combativa
Foto: Divulgação

Por Equipe de produção de texto da 4ª Feira
Da Página do MST

“Tudo o que se ganha nessa vida é pra perder
Tem que acontecer
Tem que ser assim
Nada permanece inalterado até o fim”

Cantor, compositor, poeta e músico brasileiro, Zeca Baleiro é referência quanto à versatilidade e criatividade na música brasileira. Maranhense, Baleiro é conhecido por sua habilidade de mesclar diferentes gêneros musicais em suas composições, como pop, rock, reggae, samba, forró, com toques de música de popular e brasilidade do começo ao último som. E por essa e outras, não poderia ficar de fora da 4ª Feira Nacional da Reforma Agrária.

Começou a compor e a se apresentar e, em 1991, mudou-se para São Paulo, onde dividiu um apartamento com o também cantor e compositor Chico César – atração na Feira no domingo. Em 1997, lançou seu primeiro álbum, Por Onde Andará Stephen Fry?, que chamou a atenção da crítica e do público pela originalidade das letras e das melodias.

Zeca Baleiro se consolidou-se como um dos artistas mais inventivos e populares de sua geração, lançando mais de 20 álbuns entre trabalhos autorais, infantis, projetos especiais e coletâneas. Mas em um país tão diverso e desigual, a arte pode ser uma forma de expressão, resistência e transformação social. E, neste sentido, Zeca Baleiro também se destaca por ter uma postura de reafirmar a cultura e a identidade nacional, além da denúncia das injustiças e violações de direitos humanos que acontecem no nosso cotidiano.

Baleiro é um artista que não se acomoda nem se repete. Está sempre em busca de novas sonoridades e parcerias, explorando as possibilidades da música brasileira com inteligência e sensibilidade. Seu posicionamento político é crítico e engajado, mas sem perder o humor e a ironia que marcam sua obra. Em suas letras, ele aborda temas como o amor, a solidão, a violência, a religião, a cultura pop e a sociedade de consumo, sempre com uma linguagem poética e original.

Quando artistas como Zeca Baleiro se posicionam politicamente – em um recente show, ele respondeu a um “fã” criticamente – , toda a sociedade se move ao redor. Esse comportamento influencia a opinião pública, mobiliza a sociedade civil na verdadeira batalha das ideias. Por isso, a presença na Feira da Reforma Agrária é mais do que apenas um show: é um manifesto artístico pelo Brasil.

E essa posição reverbera e inspira outros artistas e cidadãos a se engajarem nas causas que defendem e a participarem ativamente da democracia pois, neste contexto de mudanças, se posicionar é lutar pela vida – o que o MST conhece muito bem. Diante das ameaças e censura de grupos intolerantes e antidemocráticos, estar do lado da reforma agrária, que começa na ocupação e termina no alimento saudável na mesa, exige coragem, ética e responsabilidade para usar a arte como uma ferramenta de mudança social.

A arte pode ser um instrumento de esperança, de diálogo e de construção coletiva de um país mais justo, livre e democrático, e por isso Zeca Baleiro, junto com Lirinha e Alessandra Leão, encantarão os presentes nesta primeira noite de shows do palco Arena nesta 4ª Feira da Reforma Agrária. Não deixe de conferir!