Reforma Agrária Popular

Conheça a Rede de Viveiros da Reforma Agrária organizada pelo MST

Iniciativa estimula a produção de mudas em todas as regiões do país, como parte do Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis
Foto: Anderson Aschi

Da Página do MST

Em mais uma ação em defesa dos bens naturais, o MST tem construído a Rede de Viveiros da Reforma Agrária, iniciativa que já conta com 300 viveiros em todo o Brasil, estimulando a prática coletiva nos acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária, da produção de mudas e plantio de árvores.

Como parte das frentes de ação do Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis, ação do MST que pretende plantar 100 milhões de árvores em 10 anos, os Viveiros da Reforma Agrária têm espalhado pelo país as diversas formas de organização dos camponeses e camponesas na produção de mudas nos diferentes biomas brasileiros.

Dialogando com a luta pela produção de alimentos saudáveis, o MST tem avançado cotidianamente nas reflexões e ações concretas em torno da defesa dos bens naturais, reafirmando essa luta como central na construção da Reforma Agrária Popular e estimulando o conjunto da organização em um amplo mutirão que posiciona a luta ambiental na dinâmica cotidiana da vida nos territórios organizados pelo Movimento Sem Terra.

Conheça a iniciativa de alguns dos Viveiros que compõem a Rede do MST:

Viveiro da Reforma Agrária Popular Zecão

Foto: Anderson Aschi

Localizado no Rio Grande do Sul, na cidade de Pontão, o Viveiro homenageia o bancário José Alberto Siqueira, conhecido como Zecão, militante social da região. O espaço foi inaugurado em 2021 e integrou a agenda do MST no estado que tem como perspectiva o plantio de 7 milhões de mudas no período de 10 anos.

Com produção estimativa de 23 mil mudas por ano, o Viveiro está localizado no assentamento Nossa Senhora Aparecida, tem como um de seus eixos de trabalho a educação ambiental no território.

Viveiro do Sertão de Alagoas

Foto: Gustavo Marinho

No Alto Sertão de Alagoas, na cidade de Delmiro Gouveia, o Viveiro inaugurado em 2014, com 600m², foi o pioneiro na Região na produção de mudas e exemplo no diálogo com a sociedade na defesa das plantas nativas do bioma caatinga.

Com a capacidade de receber em torno de 50 mil mudas, o Viveiro localizado no assentamento Maria Bonita se destacou inicialmente com a produção de mudas de cajueiro, com base agroecológica, envolvendo as famílias Sem Terra da região no último período. O espaço foi responsável ainda pela distribuição de 22 mil mudas em dois anos para as famílias acampadas e assentadas do Sertão.

Viveiro Popular Terra de Quilombo

Foto: MST em Minas Gerais

Como parte das estratégias de desenvolvimento das famílias em Minas Gerais, no município de Campo do Meio, o Viveiro Popular do acampamento Quilombo Campo Grande contribui com a organização produtiva das famílias Sem Terra, na perspectiva da transição agroecológica e de cultivos diversos.

O Viveiro foi inaugurado a partir de 2018, com o objetivo de ampliar a diversificação de produção, além da preservação do território.

Viveiro da Juventude Oziel Alves

Organizado pelo Coletivo de Juventude do MST no Rio Grande do Norte, no assentamento Oziel Alves, o Viveiro está localizado no município de Mossoró desde 2020, fortalecendo o protagonismo da Juventude Sem Terra na construção do Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis.

O espaço que tem como principal linha de ação a produção de mudas nativas e frutíferas, fortaleceu as ações de solidariedade do MST na região no último período.

Viveiros Populares na Amazônia

No estado do Pará, dezenas de Viveiros têm sido construídos como experiências do MST nos diversos municípios do estado, fortalecendo a produção de mudas nos acampamentos e assentamentos, bem como as ações de reflorestamento e recuperação ambiental.

Somente o assentamento 26 de março, em Marabá possui 4 viveiros, já os assentamentos Abril Vermelho, em Santa Bárbara; João Batista, em Castanhal; Carlos Lamarca, em Capitação Poço; Luiz Carlos Prestes, em Irituia; Paulo Fontelles, em Mosqueiro; Mártires de Abril, em Mosqueiro; Olga Benário, em Acará, e Palmares II no Instituto de Agroecologia Latino Americano Amazônico (IALA Amazônico) em Parauapebas, contam com um viveiro cada um.

O estado possui viveiros artesanais e viveiros maiores, com estrutura metálica. Alguns são coletivos e outros familiares que chegam a capacidade de produção de 5 a 12 mil mudas,

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*Editado por Fernanda Alcântara