Lutas Populares

Movimentos de luta pela terra de Alagoas marcham cerca de 40 km até chegar em Maceió

A ação dos Movimentos retoma um conjunto de agendas e negociações com os Governos Estadual e Federal
Marcha reúne organizações camponesas de Alagoas. Foto: MST em Alagoas

Da Página do MST

Com o objetivo de pautar o avanço nas políticas públicas para o campo, trabalhadores e trabalhadoras rurais organizados nos movimentos populares de luta pela terra de Alagoas realizam a Marcha Estadual em Defesa da Democracia e da Reforma Agrária, que sairá de Messias na próxima segunda-feira (7/8) e segue até Maceió, capital alagoana. A atividade deve reunir mais de 1500 camponeses e camponesas de todas as regiões do estado.

“Em mais uma Marcha, reunindo a unidade dos movimentos de luta pela terra de Alagoas, queremos dialogar com a sociedade e pautar o Poder Público sobre as questões que atravessam o campo em Alagoas”, destacou Carlos Lima, da coordenação nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT). Para ele, a Marcha deve realizar um conjunto de atividades pelas cidades que passar, ampliando o diálogo com os alagoanos e alagoanas sobre a luta pela Reforma Agrária no estado.

“É fundamental que a luta dos camponeses e camponesas seja abraçada também por quem vive nas pequenas e médias cidades. Queremos debater com a sociedade o papel da agricultura familiar e camponesa para o desenvolvimento do nosso estado e do nosso país”, apontou o coordenador da Pastoral.

Participam da Marcha trabalhadores Sem Terra organizados na CPT, Frente Nacional de Luta (FNL), no Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), Movimento de Luta pela Terra (MLT) e no Movimento Terra Livre.

A ação dos Movimentos em Alagoas devem ainda retomar o conjunto de agendas e negociações com os Governos Estadual e Federal, na perspectiva de pautar o desenvolvimento dos assentamentos rurais, além do avanço na negociação das áreas onde hoje famílias Sem Terra vivem acampadas.

“Marcharemos também pela necessidade de posicionar a centralidade da Reforma Agrária e da agricultura camponesa para o desenvolvimento de políticas públicas estaduais e nacionais”, refletiu Débora Nunes, da coordenação nacional do MST.

“Teremos dias de caminhada atravessando parte do estado com nossas bandeiras, palavras de ordem e reivindicações na intenção de chegar em Maceió com a força coletiva dos camponeses e camponesas que cotidianamente se organizam nos mais diversos acampamentos e assentamentos pelo estado, produzindo alimentos saudáveis, construindo solidariedade e resistindo na defesa do desenvolvimento do nosso estado”, destacou Nunes.

“Marchar novamente é preciso”

Saindo de Messias na manhã de segunda-feira (7/8), a Marcha deve percorrer ainda a cidade de Rio Largo até chegar em Maceió. Os camponeses fazem paradas nas três cidades, onde montam acampamento e realizam atividades de diálogo com a população dos municípios.

Os Movimentos seguem em agenda permanente de mobilização nos territórios de acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária, além das ações estaduais que unificam as bandeiras de luta dos trabalhadores e trabalhadoras rurais no último período.