Manifesto

Abaixo-assinado em apoio ao MST ultrapassa 50 mil adesões; texto segue coletando apoios

Texto é direcionado a Arthur Lira, presidente da Câmara, e manifesta preocupação com os rumos da CPI contra o movimento
Foto: Tarcisio Nascimento

Um abaixo-assinado em apoio ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ultrapassou, nesta segunda-feira (14), as 50 mil adesões. O texto, direcionado para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), e para os líderes partidários, manifesta preocupação com os rumos tomados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que “investiga” o movimento.

O documento afirma que há “clara intencionalidade” de criminalizar o MST e outros movimentos populares. “Há uma clara intencionalidade de criminalizar o MST, os movimentos do campo e também movimentos de luta pela moradia na cidade. A constituição brasileira garante o legítimo direito de organização de todas as categorias de trabalhadores e da realização de diferentes formas de mobilização na luta por seus direitos históricos.”

“A realidade agrária, a estrutura de propriedade injusta, certamente não serão objeto de pesquisa e análise pela CPI, por seu plano de trabalho. E todos sabemos quantos crimes são cometidos no meio rural, pelas classes abastadas e as formas de exploração da natureza, que afetam toda sociedade brasileira”, complementa o documento.

O texto pede aos parlamentares, em especial Arthur Lira, para que “zelem pelos princípios republicanos e democráticos, para que se impeça atropelos e uso de retóricas de propagação de mentiras, do ódio, da violência e da discriminação e perseguições inúteis, que em nada contribuem para a solução dos verdadeiros problemas agrários.”

O texto é assinado por nomes como Luis Fernando Veríssimo, Kenarik Boujikian, Eduardo Moreira e Chico Buarque, entre outros.

O documento segue recebendo assinaturas. Para apoiar, basta clicar aqui.

Edição: Thalita Pires/ Brasil de Fato