Agrotóxicos

Caravana Dourados pela Vida e Contra os Agrotóxicos!

Caravana, vivência e trocas de experiências aconteceram em julho na região de Ponta Porã, no estado de MS
Foto: MST no MS

Por Sandra Procópio e Dandara Procópio, MST/MS
Da Página do MST

Marcando o início da articulação do Comitê Dourados articulado na “Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida”, no dia 8 de julho, cerca de 20 pessoas entre estudantes, professores, pesquisadores, militantes de movimentos sociais populares, entidades e organizações populares e partidos de esquerda, com apoio do MST da Regional Fronteira, organizaram-se em forma de caravana e experimentaram um dia de vivência e trocas de experiências na região de Ponta Porã, no estado de MS.

A programação contou com um café da cultura camponesa, organizado pelo Grupo Coletivo 17l, no Assentamento Itamarati, cuja arquitetura em forma de semicírculo homenageia as pessoas tombadas no massacre de Eldorado dos Carajás, estado do Pará, em 1997.

Na sequência a visita à Escola Carlos Pereira, sua horta sem venenos, seu horto medicinal em forma de mandala, seu rio protegido pela mata ciliar, sua experiência de reflorestamento.

Em seguida, a visita a um lote da Reforma Agrária, para conhecer a produção de hortaliças organizado pela família de Dona Elaine Ambrust do Assentamento Itamarati 1, cuja produção é comercializada pelos programas PAA e PNAE, fortalecendo a agricultura familiar e camponesa.

Foto: MST no MS

A chegada no Assentamento Alexandre Sabala contou com um almoço rico em diversidade de alimentos, produzidos pelos assentados/as da região.

A Roda de Conversa debaixo do barracão de lona, pode demonstrar o quanto a humanidade tem necessidade de acessar informações e transformá-las em conhecimento para provocar mudanças na realidade.

Os assuntos tratados foram sobre os impactos dos agrotóxicos presentes no cotidiano, a falta de maior número de profissionais da área de saúde para colaborar com o debate, as armadilhas do sistema capitalista que impõe o modelo de produção como sendo a única possibilidade, as doenças como resultados do ciclo do capital, os cuidados com a saúde como centro de um projeto humanista, entre outros.

Como parte da Campanha “Plantar árvores e produzir alimentos saudáveis”, conduzida pelo MST, cuja meta é plantar 100 milhões de árvores em 10 anos, foram realizados os plantios de forma coletiva, colaborando assim para o reflorestamento do planeta e diminuindo os impactos da devastação ambiental produzida pelo modo de produção.

Ao final da vivência e dos trabalhos do dia, todos puderam experimentar a importância da agricultura familiar camponesa, da agroecologia, do trabalho de formação em educação popular, e se fortalecer para o enfrentamento aos dilemas do tempo presente!

*Editado por Fernanda Alcântara