Absurdo!

Diligência da CPI contra o MST impede Sem Terra de acompanharem a comitiva

No Extremo Sul da Bahia trabalhadores/as Sem Terra organizaram uma recepção, mas comitiva entrou “pelos fundos” do assentamento e impediu o acompanhamento
Segundo Evanildo Costa, da direção nacional do MST, “foi mais um teatro, uma fake news, contra o Movimento Sem Terra, contra os movimentos sociais”. Foto: Matheus Alves

Da Página do MST

Na tarde desta quarta-feira (24), foi dado início a diligência na Bahia da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que busca criminalizar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A diligência começou as atividades no assentamento Jacy Rocha, localizado no município do Prado, Extremo Sul da Bahia.

Famílias Sem Terra organizaram uma recepção para diligência, com bandeiras e muita animação, porém, a comitiva entrou “pelos fundos” do assentamento e visitou uma família que há meses não reside no local. Segundo Evanildo Costa, da direção nacional do MST, “foi mais um teatro, uma fake news, contra o Movimento Sem Terra, contra os movimentos sociais”.

Fotos: Matheus Alves

Confira a truculência dos integrantes da comitiva em vídeo de Evanildo Costa AQUI:

Em outro momento a comitiva se dirigiu a casa de uma das famílias assentadas e impediu que integrantes do MST acompanhassem a diligência. Costa destaca que “é um absurdo o que está acontecendo em nosso país”. Na ocasião, até a advogada que representa a Organização dos Advogados do Brasil (OAB) também foi impedida de entrar na área.

“Os recursos públicos que poderiam estar sendo utilizados para resolver os problema do desemprego, solucionar o problema da Reforma Agrária, o problema da moradia, está sendo gasto para organizar essas pessoas que cometem crime, grilando terra, criando trabalho escravo e assassinando indígena e quilombola”, denuncia o dirigente.

A diligência da CPI fica no Extremo Sul da Bahia até sexta-feira (25) e estão previstas outras visitas em áreas do MST na região.