Campanha Contra Agrotóxicos

Conheça a Caravana Agroecológica pela Vida e contra os Agrotóxicos no MS

Em atividade em Sidrolândia, MS, comitê conheceu experiências agroecológicas de assentamentos
Foto: MST no Mato Grosso do Sul

Por Thiago Maturana e Cézar Garrido
Da Página do MST

No último dia 2 de setembro, em Sidrolândia, MS, a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida realizou uma caravana por assentamentos da reforma agrária daquela região. A caravana buscou aprofundar e aproximar a luta contra os agrotóxicos, compartilhando conhecimentos e aprendendo na prática os princípios agroecológicos. 

Ao todo, cerca de 70 pessoas, entre estudantes, professores, pesquisadores, militantes de movimentos sociais populares, entidades e organizações populares e partidos de esquerda, participaram da atividade. A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida se articula a partir do Comitê Dourados, com o Curso de Geografia da UFGD, a Comissão Pastoral da Terra – CPT e os assentamentos do MST da região.

Inicialmente, a Caravana conheceu o lote da família do Oséias e Isabel, que conseguiram produzir uma agrofloresta e um quintal produtivo com diversas espécies de árvores e plantas. Nesse mesmo local, houve momentos de conversa e trocas de saberes entre os participantes e os assentados. A roda de conversa contou com um almoço, composto por uma variedade de alimentos orgânicos produzidos pelos assentados da região.

Em seguida, o grupo teve a oportunidade de conhecer o CEPEGE (Centro de Estudos e Pesquisa Geraldo Garcia), onde ocorreu uma nova roda de conversas. Foram debatidos entre os participantes, assuntos como: o envenenamento de nossa água e alimentos pelo agronegócio, a falta de assistência técnica para o povo do campo, a necessidade de alternativas agroecológicas contrárias ao uso de agrotóxicos. Também se discutiu a expansão do comitê para outras cidades. 

Ao final da caravana, o Comitê visitou o lote agroecológico dos militantes Manoel e Patrícia, que, com a ajuda de familiares e amigos, construíram uma casa com tijolos agroecológicos, onde não há o processo de queima e usando terra como base. Após momentos de aprendizado com as experiências dessa família, tanto na construção da casa, quanto no quintal repleto de práticas agroecológicas, os jovens e apoiadores do MST foram agraciados com um lanche da tarde a partir da produção familiar preparado pelos assentados.

Segundo militantes do Comitê, “a oportunidade de presenciar e viver a luta pela Reforma Agrária, mesmo que por um breve dia de sábado, oferece garra para continuar a luta e causa a seguinte reflexão para nosso futuro: não há outra saída que não seja o combate e a exposição das contradições do capitalismo. Precisamos nos fortalecer cada dia mais. O projeto que construímos agora é para nossa geração e para o futuro da humanidade”.

*Editado por Fernanda Alcântara