Festival do MST

No RN, MST realiza primeiro dia do “Festival por Terra, Arte e Pão!” 

Festival faz parte da primeira Feira Potiguar da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Fepafes)

Festival segue até o próximo dia 2 de dezembro. Foto: Sofia Isbelo

Por Coletivo de Comunicação do MST no Rio Grande do Norte
Da Página do MST

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realiza entre os dias 30 de novembro,  01 e 02 dezembro, o “Festival do MST: Por Terra, Arte e Pão!”, em Natal (RN). Ainda nesta sexta-feira (1), sobem aos palcos “Semente” e “Árvore”, atrações locais e nacionais, como Nação Zumbi e Academia da Berlinda. O evento começa às 17 horas e vai até as 23 horas.

Com programação gratuita, o Festival faz parte da primeira Feira Potiguar da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Fepafes), que é uma realização do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, executada pela Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf-RN) e conta com exposições e comercialização de produtos da agricultura familiar, reunindo cerca de 60 empreendimentos.

Demos a largada no “Festival do MST: Por Terra, Arte e Pão!” no Rio Grande do Norte, com o intuito de dialogar com a sociedade, de unir o campo e a cidade nesse grande evento, nesse grande espaço de arte e cultura, mas também de formação política, de intervenções políticas. Avaliamos que esse primeiro dia de festival foi um grande sucesso e segue com uma programação extensa”, avalia Taisa Costa, militante do MST e uma das organizadoras do evento.

Foto: Sofia Isbelo

MST 40 anos

O Festival do MST é mais uma atividade que marca os 40 anos do Movimento Sem Terra, que serão completados em janeiro de 2024, e pretende fortalecer a cultura nordestina e a produção de alimentos saudáveis enquanto dissemina a luta pela Reforma Agrária Popular. A ação já passou por Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Maceió (AL), e agora chega a Natal (RN), mas segue com uma ampla agenda em outros estados até o próximo ano.

“Este é o momento em que as pessoas da cidade têm a oportunidade de conhecer o que é o MST, que com seus 40 anos de história busca defender a cultura popular e os direitos dos povos que habitam o campo. É uma forma de nós, da arte, fazermos um protesto também contra os agrotóxicos, trazer também o tema do alimento saudável”, explica Gércio Justino, da direção nacional do MST.

Foto: Mylena Sousa

Primeiro dia de Festival

O primeiro dia de Festival celebrou a diversidade com shows e intervenções artísticas. Uma das atrações mais esperadas da noite foi a paraibana Cátia de França, que durante toda a sua carreira de mais de 50 anos nunca deixou de se posicionar em defesa daquilo que acreditava.

“Isso é um reencontro de velhos amigos para reafirmar que ainda meu nome continua presente, aliada à luta de vocês [MST]. Então, no momento em que o Brasil passa pelo que está passando, essa reviravolta, vamos ter de reformular e reprogramar o país. Estar aqui e receber este convite só vem a coroar todo o meu esforço, todo o meu engajamento e as coisas pelas quais eu respondo e sou responsável. Muito me honra, porque faz parte da minha história. Minha mãe era uma pessoa que rezava no credo do livro de Josué de Castro, Geografia da Fome, mamãe era MST e ninguém sabia, então agora eu continuo uma coisa que minha mãe começou”, afirma a artista.

A cantora potiguar Juliana Linhares fechou o primeiro dia do Festival trazendo seu primeiro álbum, o “Nordeste Ficção” (2021). A artista dialoga, através da música, com suas referências do que é Nordeste, o que muitas vezes é estigmatizado em alguns símbolos.

“A gente sai daqui, mas a gente sai com tudo que a gente leva. E, muitas vezes, eu lutei muito pra que esse elo não se partisse, assim. Nos últimos tempos, eu tenho tentado muito manter essa chama acesa. Então pra mim é muito especial voltar a Natal. A essência do artista é comunicar, trazer as pautas, poder ser ponte entre público e ideias importantes e interessantes. Se você tem o poder de ter a voz em relação ao público, você deve subir no palco, com aquelas pessoas te ouvindo, é muito importante saber o que você tem pra trazer, pra colocar”, diz Juliana.

Programação:

SEXTA-FEIRA (01/12)

17h – Cida Lobo
18h30 – Dj Samir
19h – Academia da Berlinda
21h30 – Nação Zumbi

SÁBADO (02/12)

16h – SouRebel
17h – Aiyra convida Fúria Negra
18h30 – Odair José
19h30 – Karina Buhr
21h30 – Santana, o cantador

*Editado por Gustavo Marinho