Tempestades

Famílias de assentamento do MST em Riversul (SP) enfrentam estragos das chuvas

Sem Terra divulgaram nota sobre os estragos nas moradias e lavouras e cobram providência do INCRA e do ITESP para resolver a situação da área
Famílias contam perdas com tempestade e precisam de solidariedade da população. Foto: MST SP

Da Página do MST

Nós, famílias do assentamento Emergencial 8 de Março enfrentamos ontem (domingo, 28) mais um momento difícil, destes que se repetiram nos últimos 15 anos de luta pela Reforma Agrária na Região Sudoeste de São Paulo.

Uma tempestade causou muitos danos ao assentamento destelhando casas, destruindo as lavouras e impondo às famílias mais uma noite difícil, que marcará a memória das crianças que nunca tiveram acesso à moradia digna e ficaram expostas ao relento.

Trata-se de mais um episódio que mostra como nossas famílias estão necessitadas de que as amarras burocráticas do estado sejam desfeitas e por isso, exigimos:

1. Que a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP) conclua o processo de assentamento das famílias, arrecadando as terras públicas que estão sendo ilegalmente exploradas e que pertencem à fazenda CanCan;

2. Que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) disponha dos créditos para instalação das famílias, especialmente os voltados ao fomento produtivo e à moradia;

3. Que o poder judiciário dê celeridade aos processos de reintegração de posse daqueles que ocupam ilegalmente as terras públicas destinadas ao nosso assentamento;

4. Que o poder público municipal dedique-se a garantir os direitos básicos de acesso à, estrada, água potável, saúde, educação e assistência social às famílias.

Foto: MST SP

Nos comprometemos a seguir lutando por condições dignas de vida e trabalho, bem como a produzir alimentos saudáveis para a população como um todo.

Exigimos nossos direitos e pedimos solidariedade aos que acreditam em nossa luta!

Riversul, 28 de janeiro de 2024.

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST