Luta e Cuidados

Cuidados com as mulheres Sem Terra destaca resistência feminina em assentamento na BA

Brigada Elias do Paraná, no extremo sul da Bahia realizou dia de cuidados com as camponesas do MST e troca de ideias sobre o empoderamento das mulheres
Teve conscientização e cuidados, com psicologia, advogada, nutricionista, ginecologia, massagem, design de sobrancelhas, cabeleireiro entre outros. Foto: Daniel Violal

Por Vitória Bruno/Coletivo de Comunicação do MST-BA
Da Página do MST

Na última sexta-feira (22), aconteceu o dia de cuidados com as mulheres do campo. A atividade ocorreu na Brigada Elias do Paraná do MST, no extremo sul da Bahia.

Ainda cultivando os aromas de março, mês de luta e resistência das mulheres, a Brigada Elias do Paraná realizou um dia de cuidados com todas as companheiras que fazem parte da luta, além da troca de ideias sobre o empoderamento das mulheres, em uma área que sempre foi majoritariamente liderada por homens.

Com o intuito de diálogo, as mulheres contaram com a conscientização e cuidados como psicologia, advogada, nutricionista, ginecologia, massagem, design de sobrancelhas, cabeleireiro entre outros. O intuito da atividade foi mostrar para as camponesas que lugar de mulher é “aonde ela quiser”, reafirmando a importância das mulheres na Reforma Agrária Popular e na luta por um país mais igualitário.

Nesse contexto, as opressões do capital contra os trabalhadores do campo já existem, em particular, para as mulheres. São mulheres negras, indígenas, quilombolas, periféricas e da Reforma Agrária, em condições de extrema pobreza, sobretudo, em condições mais vulneráveis aos resultados do capitalismo violento.

Diante desse quadro, os debates na Brigada Elias não abarcaram só a questão de classe e gênero, mas também a questão racial, sexual e patriarcal. Em que estão sendo proporcionadas diversas experiências e atuações frente ao avanço do agronegócio nos territórios, a partir da reafirmação do protagonismo das mulheres Sem Terra na produção de alimentos saudáveis, no cuidado com a terra, demonstrando que é possível construir organização política e soberania alimentar a partir da Reforma Agrária Popular.

Seguiremos firmes, reafirmando a luta imprescindível das mulheres Sem Terra, semeando cotidianamente experiências de resistência, denunciando as violências e conquistando os direitos das mulheres, que vêm sendo negado a muito tempo.

*Editado por Solange Engelmann