Palestina Livre

Plantio de árvores marca Jornada “Palestina Vive, Resiste e será Livre”

Famílias assentadas e acampadas plantaram bosques em vários estados, como símbolo de apoio à resistência do povo palestino
Plantio de árvores no Mato Grosso. Foto: MST no Mato Grosso

Por Wesley Lima
Da Página do MST

Como parte da Jornada Nacional “Palestina vive, resiste e será livre!”, realizada pelo Movimento Sem Terra, em todo o Brasil, entre os dias 28 de março e 5 de abril, um conjunto de atividades de denúncia, formação e debates sobre a questão palestina, plantio de árvores e vigílias em espaços públicos, aconteceram para denunciar o financiamento ao Estado de Israel e o apartheid contra o povo Palestino.

As famílias Sem Terra plantaram bosques nos assentamentos e acampamentos como símbolo de solidariedade e resistência histórica na Palestina, aproveitando dois importantes marcos internacionais: o Dia da Terra Palestina, comemorado no 30 de março; e o Dia da Criança Palestina, celebrado nesta sexta-feira, 5 de abril. 

Em pelo menos 11 estados foram registrados o plantio de árvores, vinculados a realização de assembleias, momentos de debate e atividades políticas e culturais diversas. Foram plantadas árvores no Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso, Pará, em São Paulo, Alagoas, Tocantins, Roraima, Minas Gerais, Goiás e na Bahia. 

Maíra Santiago, do Coletivo Nacional do Plano “Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis”, conta que as ações de solidariedade realizadas nesta última semana foram construídas em defesa da vida. “As atividades em todos os territórios conquistados pelo MST, desde o dia 28 de março, cumpriu o objetivo de denunciar o genocídio do povo palestino. Genocídio que mata crianças. Fizemos os plantios de árvores como símbolo de força e solidariedade às famílias de cada palestino que tombou na luta”. 

“Pedimos também, a partir do plantio e das ações de solidariedade, o direito do povo palestino ao seu território, para que as crianças possam plantar, sonhar, brincar, estudar e ter acesso a vida”, afirma Santiago.

Além de denunciar o genocídio do povo palestino, o MST chama atenção para o aprofundamento da crise ambiental e aponta o plantio de árvores e o fortalecimento da produção de alimentos saudáveis como processos que precisam ser fomentados. 

Em Brasília, organizações sociais plantam uma Oliveira no Consulado da Palestina. Foto: André Gouveia

Dia da Criança Palestina

Nesta sexta-feira (5), Dia da Criança Palestina, encerrando a Jornada Nacional “Palestina Vive, Resiste e será Livre”, o Movimento Sem Terra, junto a um conjunto de movimentos e organizações sociais do campo e cidade, realizaram atividades em denúncia ao genocídio do povo palestino, com foco no auto número de crianças mortas, que representa quase 50% das vítimas. 

Protesto em frente ao Consulado de Israel, em São Paulo. Foto: Priscila Ramos

Na capital paulistana ocorreu uma marcha e um protesto em frente ao Consulado Geral de Israel, no bairro Cidade Monções. Em entrevista para o Brasil de Fato, Cássia Bechara, da Coordenação Nacional do MST, explica que “as crianças palestinas estão sendo as mais massacradas por esse genocídio israelense e por isso, achamos muito importante trazer essa denúncia no dia de hoje”. 

Ela destaca que o Consulado Geral de Israel foi escolhido para dar um recado direto ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. 

Em Brasília, organizações populares prestaram sua solidariedade em uma visita à Embaixada da Palestina, no DF. Durante o ato, foi plantada uma oliveira, símbolo da Palestina. Os representantes das organizações foram recebidos pelo Embaixador, Ibrahim Alzeben.

Além dessas atividades, de norte a sul do país, as crianças Sem Terrinha participaram de ações político-pedagógicas nas escolas do campo. Com canções e atividades recreativas, as crianças se somaram as atividades contra o genocídio do povo palestino, com mensagens de solidariedade às crianças. 

Crianças Sem Terrinha plantam árvores no interior da Bahia. Foto: MST na Bahia

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*Editado por João Carlos