Solidariedade Sem Terra

MST realiza ações para mitigar situação de famílias atingidas pela enchente no RS

Confira as principais ações de solidariedade do MST no estado, como as cozinhas solidárias, resgate de desabrigados, doações de materiais e assistência médica
Cozinha solidária do MST com produção de marmitas no assentamento Filhos de Sepé, em Viamão. Foto: Tiago Giannichini

Da Página do MST

Desde o início da enchente no Rio Grande do Sul, que teve os primeiros registros de alagamentos no dia 27 de abril, nos municípios de Canoas, Novo Hamburgo e Porto Alegre, conjuntamente com entidades parceiras o MST realiza a Campanha de Solidariedade Sem Terra ao Rio Grande do Sul para auxiliar as mais de 2,1 milhão de pessoas afetadas pelas fortes chuvas e enchentes no estado até o momento. Além da campanha, também estão sendo desenvolvidas diversas ações para amenizar o sofrimento das famílias atingidas.

Até o momento, seis assentamentos do MST foram atingidos na região metropolitana de Porto Alegre e região central do estado, são eles: Integração Gaúcha (IRGA) e Colônia Nonoaiense (IPZ), em Eldorado do Sul; Santa Rita de Cassia e Sino, em Nova Santa Rita; 19 de Setembro, em Guaíba e Tempo Novo, em Taquari. A crise deixou 870 pessoas desabrigadas, com o alagamento das casas, a perda da produção de alimentos plantados e estocados, animais e ferramentas.

As perdas também são grandes em relação às estruturas, maquinários, matéria prima, produtos para venda das cooperativas e agroindústrias localizadas nesses assentamentos. Como exemplo, temos toda produção de Arroz Agroecológico em área plantada e em estoque para comercialização, infraestrutura, maquinários de beneficiamento, redes de transporte etc.

Até esta segunda-feira (13), as enchentes e temporais que atingem o Rio Grande do Sul desde o final de abril já contabilizam a morte de 147 vítimas. O boletim da Defesa Civil também marca 127 pessoas desaparecidas e 806 feridos. O número de pessoas fora de casa chega a 617 mil. 

Confira às principais ações de solidariedade do MST no estado:

1. Resgates de pessoas de abrigos públicos e ou outras localidades para espaços do MST

O Movimento acolheu 13 famílias do assentamento Integração Gaúcha (IRGA), que tiveram suas casas e plantações alagadas no assentamento no assentamento Hugo Chaves, junto a cooperativa Cooperativa de Produção Agropecuária dos Assentados de Tapes-RS (COOPAT), localizada no município.

Também foi realizado o resgate de famílias do assentamento Apolônio de Carvalho, que se encontravam nos silos da Cootap, para a sede do assentamento. Também houve acolhimento de famílias do assentamento Integração Gaúcha (IRGA) na sede do assentamento 19 de Setembro, em Guaíba e na escola e casas das famílias do assentamento Padre Josimo.

2. Cozinhas Solidárias

Diante da preocupação com a alimentação dessas famílias desabrigadas, o MST montou uma cozinha solidária no assentamento Filhos de Sepé, no setor “D”, no município de Viamão, local em que estão sendo produzidas. Diariamente, são distribuídas cerca de 1.500 marmitas para as famílias atingidas em Eldorado do Sul.

Parte desses alimentos são destinados para as famílias do assentamento Padre Josimo, que se encontram ilhadas, mas não foram atingidos diretamente com a enchentes. Os Sem Terra também estão organizando a produção de refeições na sede do assentamento Apolônio de Carvalho para atender as famílias que ali estão, e vem sendo feitas refeições diariamente para as famílias acolhidas no assentamento Hugo Chaves, em Tapes.

Ainda na cidade de Pelotas, a partir de uma parceria entre o MST, Levante da Juventude e Armazém do Campo, estão sendo produzidas 400 refeições por dia, com o envolvimento do cerca de cem voluntários. As marmitas solidárias são entregues em cinco abrigos que estão acolhendo desabrigados. Confira mais informações e saiba como apoiar nas redes sociais da Cozinha no Instragram @armazemdocampo.pel e solidariedadepelotas2024.

3. Doação de materiais de Higiene e Limpeza

O MST organizou 200 kits de materiais de higiene e limpeza para o trabalho de limpeza nas casas em que a água já abaixou, nos assentamentos do Sinos, em Nova Santa Rita; Colônia Nonoaiense (IPZ) e Apolônio de Carvalho, em Eldorado do Sul. Além disso há mutirão para a retirada de entulhos, com o custeio do aluguel de retroescavadeiras e caminhões caçamba para os serviços.

4. Assistência médica e psicológica

A partir desta segunda-feira (13), os Sem Terra estão enviando Kit básico de saúde para as famílias desabrigadas, nos locais em que há acesso para o material chegar até as pessoas.

Foto: Tiago Giannichini

Para o atendimento médico e psicológico das famílias Sem Terra desabrigadas no estado, o Movimento está organizando uma Brigada de Saúde com médicos formados em Cuba, na Venezuela e com outros médicos apoiadores da Rede de Médicos Populares e Associação José Marti. A intenção também é criar uma Rede de Apoiadores para a Saúde Mental.

Saiba como doar para o Rio Grande do Sul 

As doações para a Campanha de Solidariedade Sem Terra ao Rio Grande do Sul continua por meio do site de arrecadação Apoie.se para doações internacionais e via Pix para doações nacionais.

As contribuições são essenciais para as cerca de 2,1 milhões de pessoas atingidas pelos temporais e enchentes até hoje no Rio Grande do Sul. 

Para contribuir com a campanha de solidariedade do MST, basta clicar aqui ou fazer uma doação para os seguintes dados bancários: 

PIX: 09352141000148 
Banco: 350 
Agência: 3001 
Conta: 30253-8 
CNPJ: 09.352.141/0001-48 
Nome: Instituto Brasileiro de Solidariedade

Em São Paulo, o MST recebe doações nos seguintes locais: 

ARMAZÉM DO CAMPO – Alameda Nothmann, 806, Campos Elíseos.

GALPÃO CULTURAL ELZA SOARES – Alameda Eduardo Prado, 474, Campos Elíseos.

*Editado por Fernanda Alcântara