Mulheres na BA
Jornada das Mulheres Sem Terra na Bahia denuncia agronegócio e a violência no campo
Nesta quinta (13), mais de 1.200 mulheres Sem Terra realizam mobilizações em diversos municípios baianos, como parte da Jornada Nacional de Lutas

Por Coletivo de Comunicação do MST na BA
Da Página do MST
As mulheres Sem Terra na Bahia e no Brasil amanheceram em luta e resistência, com diversas ações realizadas nesta quinta-feira (13), que marcam a Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra, realizada entre os dias 11 e 14 de março em todo o país, e este ano tem como lema: “Agronegócio é violência e crime ambiental, a luta das mulheres é contra o capital!”.
Na Bahia, desde o último dia 08 de março as mulheres Sem Terra têm organizado assembleias, plenárias entre campo e cidade, plantios coletivos de árvores nativas e frutíferas, organização de viveiros e produzindo mudas.
E nesta quinta (13), intensificaram com ações de ocupação de dois latifúndios improdutivos, que aconteceu na região da Chapada Diamantina, onde cerca de 300 famílias agricultoras realizaram a ação. As áreas ocupadas estão localizadas nos municípios de Nova Redenção e Boa Vista do Tupim e há anos permanecem improdutivas. As mulheres Sem Terra reivindicam que esses territórios sejam destinados para fins de Reforma Agrária, garantindo às famílias agricultoras o direito de produzir alimentos saudáveis, gerar emprego e viver com dignidade no campo.

Na região sudoeste do estado, as camponesas organizaram uma plenária envolvendo cerca de 350 mulheres do campo e da cidade para discutir e estudando diversos temas, que se encerrou, nesta quinta, com a inauguração da Cozinha Solidária Terra Justa que será destinada para a produção de marmitas a serem distribuídas para pessoas em situação de vulnerabilidade na cidade de Vitória da Conquista/BA.


Na região do extremo sul da Bahia, cerca de 600 mulheres Sem Terra logo pela manhã fizeram o trancamento da BR-101, na entrada de Teixeira de Freitas e logo após seguiram em marcha até o centro da cidade, para denunciar o modelo destrutivo do agronegócio e anunciar a necessidade da Reforma Agrária Popular como caminho para superação das desigualdades no campo.



A luta das mulheres é contra o capitalismo, o agronegócio e por uma vida justa, digna, com a terra democratizada para socializar os cuidados com os bens comuns da natureza, com a agricultura e a Reforma Agrária Popular.
*Edição: Solange Engelmann