Mulheres do MST realizam encontro em Ribeirão Preto, em São Paulo

Atividade ocorreu no dia 25 de junho e prestou homenagem a Dandara dos Palmares.

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Por Adriana Novais
Do Coletivo de Gênero do MST
Fotos: Filipe Peres

 

O Coletivo de Mulheres do MST homenageou Dandara dos Palmares, liderança feminina negra que lutou contra o regime escravocrata durante século XIX, durante o I Encontro das Dandaras, ocorrido no último 25 de junho, no Acampamento Paulo Botelho, em Ribeirão Preto.

Esse foi o segundo encontro de mulheres somente este ano na região. As atividades têm o objetivo de fortalecer o debate sobre relações de gênero a construção do Feminismo Camponês Popular com Identidade e Revolucionário.

O I Encontro das Dandaras começou com um café cultural apresentações de poemas, músicas e vídeos que contavam a vida de mulheres revolucionárias e homenageavam as mulheres acampadas.

 

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Foi realizada também uma roda de conversa com a advogada popular Juliana Moisés sobre a Lei Maria da Penha, e os tipos de violência e as formas legais de combatê-las.  A advogada enfatizou a importância de se criar redes de apoio como uma forma complementar para superação da violência.

Ao longo do dia, as mulheres acampadas e assentadas do MST trocaram experiências. Nivalda, presidenta da Cooperativa das Mulheres Mão das da Terra-COMATER, do Assentamento Mario Lago, socializou com as companheiras acampadas os desafios e as conquistas das mulheres no âmbito da produção.

O encontro priorizou o tema gênero e racismo. O debate foi conduzido pela convidada Veridiana Barbosa dos Reis, militante e estudante de Sociologia na Unicamp. Segundo Veridiana, o racismo estruturou a sociedade brasileira, portanto, define a condição da mulher negra e explica o apagamento da história da população afro-brasileira. &”39;Dentre tantos exemplos, podemos citar o silenciamento da história de mulheres como Dandara e Maria Carolina de Jesus&”39;, disse.

Os encontros regionais são fundamentais para a construção do Feminismo Camponês Popular com Identidade e Revolucionário que há alguns anos vem sendo construído dentro do MST, seguindo a compreensão de que é indispensável considerar todos as formas de opressões relacionadas a dominação de gênero, etnias e classes sociais, para se avançar na construção do socialismo.

 

*Editado por Leonardo Fernandes