MST traz feira e festival de arte e cultura da Reforma Agrária para BH
Da Página do MST
Num encontro entre campo e cidade, Belo Horizonte recebe na Serraria Souza Pinto, a etapa do Circuito Mineiro de Arte e Cultura da Reforma Agrária, com uma feira de produtos agroecológicos e um festival de apresentações gratuitas. O evento começa nesta sexta-feira (06), e vai até o próximo domingo (8), acolhendo a população de BH com produção saudável in natura e agroindustrializada, além de muita festa.
“Ocupamos com as diversas dimensões da vida do campo o centro da capital mineira. Trazendo desde a nossa produção de alimentos sem agrotóxicos, mas também o artesanato, as artes, a musicalidade camponesa”, afirma Ester Hoffman, da coordenação do MST, que organiza o evento. “É um momento de celebração entre campo e cidade, colhendo os frutos da luta”, conclui.
A programação é vasta e vai muito além da comercialização de produtos da Reforma Agrária. O festival de artes traz o espaço Cantoria e uma faixa de programação com a cultura Sem Terra, vinda dos assentamentos e acampamentos. Grandes shows também são esperados, como Renegado, Aline Calixto, Zé Mulato e Cassiano, Pereira da Viola, Zé Pinto e Titane. Vai ter folia de reis e Meninas de Sinhá, entre outros grupos de cultura popular.
Um dos grandes momentos do Circuito é a conferência “Silvino Golveia: Alimentar é um ato político”, na manhã do sábado (8), a partir das 10h, com a presença da chef do Bar da Dona Onça, Janaína Rueda, o ex ministro da saúde, Alexandre Padilha, Débora Nunes, do MST, e a professora Irene Cardoso, da Universidade Federal de Viçosa (UFV).
Debates, encontros, feira, música, rodadas de negócio para comercialização de produtos, cozinhas da roça e até atendimento gratuito numa tenda de cuidados e saúde popular: a programação é um convite para todas as gerações!
Comida com sabor de luta
Não é todos os dias que a cidade de Belo Horizonte recebe uma variedade tão grande de pratos típicos de Minas Gerais, concentrada em um mesmo espaço. Além disso, ainda haverá pratos típicos de outros estados como Goiás, Espirito Santo, Bahia e o Distrito Federal.
“Ao todo serão 13 cozinhas da roça, que funcionarão durante os três dias do Circuito de Arte e Cultura da Reforma Agrária. O cardápio está recheado de produtos deliciosos produzidos pelos Sem Terra”, de acordo Olivia Leal, da coordenação do MST em Minas Gerais.
O Alto da Alto Paranaíba mais o Triângulo vai estar presente com quitandas, pães, bolos, biscoitos. A região Metropolitana vai preparar aquela dobradinha deliciosa, além de galopé e fígado com jiló. E tem o Norte de Minas garantindo o tropeiro faceiro com galinha caipira, angu de milho verde, carne de sol com mandioca e arroz com Pequi.
Sul de Minas: Arroz com galinha caipira, Arroz com Pato e Taioba, Porco no Rolete, Feijoada
Zona da Mata: Tropeiro, Torresmo com mandioca, Torresmo com lingüiça
Jequitinhonha e Vale do Mucuri: Sopa de banana com Costelinha de Porco Caipira, Beijú.
Vale do Rio Doce: Mandioca com Carne de Sol, Sopa de banana.
Estados convidados
Bahia: Moqueca de tucunaré com camarão, Moqueca de vermelho com camarão, Moqueca de surubi, Moqueca de dourado, Peixe frito, Galinha caipira, Bode assado, Carne de sol com aipim, Escondidinho de carne de sol, Bobó de camarão, Caldo se sururu, Tapioca, Sucos variados
Espirito Santo: Muqueca Capixaba, Bobó de Camarão, Tapioca
Distrito Federal: Galinhada com Pequi, Carne Sol com mandioca (manteiga de garrafa)
Goiás: Frango com gueroba, Arroz com pequi, Pastel, Caldo de Cana
*Editado por Iris Pacheco