MST lamenta o falecimento de Valdirene de Oliveira, militante Sem Terra

A Val, como era conhecida, dedicou sua vida a luta popular e inspira todo Movimento a seguir em frente
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 Pedagoga e cientista social, foi uma das cinco primeiras mulheres a participar do TAC. Foto: Divulgação MST

 

Da Página do MST

 

É com profunda tristeza, que a militância Sem Terra recebeu a notícia do falecimento de Valdirene Lerias de Oliveira, militante histórica do MST, neste último sábado (15).  

Vítima de câncer, a Val, como era conhecida, dedicou sua vida a luta popular. Pedagoga e cientista social, foi uma das cinco primeiras mulheres a participar da primeira turma do Curso Técnico em Administração de Cooperativas (TAC), em 1994, no Instituto Técnico de Educação e Pesquisa da Reforma Agrária (Iterra), localizado em Veranópolis (RS).

“Quem não se lembra de alguma de suas falas em jornadas socialistas, reuniões, cursos de formação, ou numa roda de tereré, que ‘a luta deve ser justa, digna e feliz’.”

Confira a nota na íntegra:

NOTA DO MST SOBRE O FALECIMENTO DE VALDIRENE DE OLIVEIRA

É com profundo pesar que o MST compartilha o momento de partida de Valdirene Lerias de Oliveira, a Val, militante histórica na luta pela terra no estado do Mato Grosso do Sul.

Guerreira como a conhecemos, Val há alguns meses lutava contra um câncer. Foi vítima, tal qual tantos outros camaradas, da ganância do agronegócio e do descaso do estado com a vida dos trabalhadores. 

A formação do MST sentirá saudades da sensibilidade e do exemplo de Val, seu olhar companheiro e sua militância sempre guiada pelos princípios de nossa organização aos quais ajudou a enraizar nos cursos, reuniões, marchas, no trabalho de base concreto nos acampamentos e assentamentos.

Pedagoga e cientista social, sempre cultivou o princípio do estudo, foi uma das 5 mulheres da primeira turma do Curso Técnico em Administração de Cooperativas – TAC – no ITERRA, Veranópolis-RS, em 1994. A juventude do MS nunca esquecerá de suas recomendações sobre a necessidade do estudo permanente. 

Quem não se lembra de alguma de suas falas em jornadas socialistas, reuniões, cursos de formação, ou numa roda de tereré, que a luta deve ser justa, digna e feliz.

Seu carinho e sua alegria, Val, sempre nos animou e manteve firme. Estar ao seu lado sempre foi aprender.
A formação se despede de uma combatente, a militância do MS de uma amiga, o MST de uma lutadora.

No mês de março, Val é mais uma semente que floresce, o seu legado alimenta nossa utopia, suas ideias seguirão vivas na construção da luta por um mundo que ofereça dignidade às filhas e filhos das trabalhadoras e trabalhadores.

Valdirene, presente, presente, presente‼