Rádio Camponesa celebra 14 anos com cavalgada na região de Itapeva
Por Jade Percassi
Da Página do MST
Na manhã deste último domingo (25), realizou-se a 6° Cavalgada da Reforma Agrária no município de Itapeva, no interior de São Paulo. Desde cedo, cavaleiros e amazonas organizados em comitivas foram se reunindo às colunas nas Agrovilas, de onde seguiram para o bairro Engenheiro Maia e à Sede Regional do Movimento e da COAPRI.
Por Jade Percassi
Da Página do MST
Na manhã deste último domingo (25), realizou-se a 6° Cavalgada da Reforma Agrária no município de Itapeva, no interior de São Paulo. Desde cedo, cavaleiros e amazonas organizados em comitivas foram se reunindo às colunas nas Agrovilas, de onde seguiram para o bairro Engenheiro Maia e à Sede Regional do Movimento e da COAPRI.
Durante a atividade foram realizadas apresentações musicais, transmitidas ao vivo pela Rádio Camponesa, com a participação de militantes dos setores de cultura e comunicação do estado e da região.
A atividade contou com pessoas de todas as idades, vindas de todos os assentamentos e dos bairros dos municípios de Itapeva, Itaberá, Itararé e Bom Sucesso de Itararé, culminando com uma grande confraternização, com almoço coletivo de arroz carreteiro, resgatando a cultura alimentar dos tropeiros, presentes na história da região.
Segundo Ana Terra e Adalberto Oliveira, assentados e militantes da região, “o grande sentido de uma atividade como essa está na afirmação da cultura camponesa, da nossa história e da nossa memória, desde a alimentação, o uso do cavalo para o trabalho, a viola e demais traços culturais, mas também na organização coletiva de trabalhadores e trabalhadoras do campo, que contribuíram muito para essa realização”.
Durante a festa, em meio ao churrasco, apresentações musicais e o já tradicional “Bingo do Garrote”, mais e mais pessoas atenderam ao chamado da rádio para celebrar. “Isso representa nossa resistência ao que o mercado não está oferecendo: espaços de produção e reprodução da vida, integrando as pessoas de forma coletiva. Esse é o conteúdo político que permeia uma festa como essa”, comentou Josemar Teixeira, do Setor de Cultura.
“Tivemos altos e baixos ao longo destes 14 anos, mas creio que conseguimos atingir o principal objetivo, de chegar às casas das famílias assentadas, de pequenos produtores da região e até mesmo à periferia da cidade. O processo de resistência da nossa rádio, de diálogo com a sociedade e de divulgação das lutas e conquistas do movimento, prova que o rádio continua sendo um meio de comunicação popular muito eficaz”, disse Iriel Fagundes, do Setor de Comunicação.
Para Iriel, a rádio mantém um público fiel, que fica sintonizado das 6h às 20h, horário em que a Camponesa está no ar – o que representa uma grande conquista, considerando que compete em audiência com rádios comerciais da região.
Janaína Ramos, que apresenta atualmente parte da programação da Camponesa, acrescenta com orgulho: “Trata-se de uma grande conquista, por ser uma rádio do Movimento. Com boa música, cultura de raiz, informando a comunidade e questionando as notícias da grande mídia, ocupando o latifúndio do ar.”