Ato pela soberania alimentar reúne 2 mil pessoas em Curitiba


Da Página do MST

Vindos de várias regiões do Paraná, aproximadamente 2 mil trabalhadores do campo e da cidade se reuniram em Curitiba, nesta quinta-feira (21), para o “Ato em defesa da Agricultura Familiar, Reforma Agrária, Soberania Alimentar, e a da Agroecologia”.

A programação da manhã iniciou no Centro de Convenções da capital, onde os manifestantes debateram a Agricultura Familiar e a Soberania Alimentar, os desafios, as propostas e a criminalização que os trabalhadores vêm sofrendo em torno das políticas públicas, como: Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Já na parte da tarde, os manifestantes realizaram uma marcha nas principais avenidas da cidade, com o objetivo de apresentar um conjunto de propostas ao governo federal para melhorar e aperfeiçoar os programas, e ampliar medidas concretas que ajudam o desenvolvimento da produção no campo, como investimentos para a agroecologia, agroindustrialização e crédito.

Os trabalhadores também exigem a soltura imediata dos agricultores e agricultoras, técnicos e funcionários públicos presos injustamente na operação da Policia Federal, denominada de “Agrofantasma”, por estarem cumprindo a sua função social de organizarem o PAA junto às comunidades rurais.

Além disso, eles propõe uma articulação entre as associações e cooperativas que organizam o PAA nas comunidades, junto com a Controladoria-Geral da União (CGU), para construírem mecanismos e solucionar as deficiências encontradas no programa, buscando fórmulas propositivas e não punitivas.

“Campo e cidade estão aqui lutando pela mesma bandeira, buscando a Reforma Agrária, produtos limpos e agroecológicos, mais crédito que deem condições digna de trabalho ao agricultor”, comentou Ivo Antonio Vial, da União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes).

Segundo o coordenador do MST, Jean Carlo Pereira, o ato é um momento importante de integração entre o campo e a cidade, ao lutar em defesa da agricultura familiar.

“A luta pela terra, pela Reforma Agrária e por alimentos saudáveis é uma luta de todos, e nesse sentido, nós do MST, também pautamos a luta pela soberania alimentar, buscando garantir a permanência do camponês no campo, e o direito do povo ter acesso aos alimentos saudáveis que são produzidos, e isso precisamos cobrar do estado brasileiro. Essa é uma das nossas pautas, ela é unificada”, comenta.

A mobilização foi organizada por aproximadamente 25 entidades, entre elas: MST, Centro de Formação Urbano Rural Irmã Araújo (Cefuria), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul), Federação das Comunidades Quilombolas, Unicafes, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep), Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (Consea-PR).