Em São Paulo, Unidos da Lona Preta rege o carnaval paulista
Da Página do MST
Neste carnaval, a Unidos da Lona Preta - a escola de samba do MST - segue com uma série de programação para o mês de fevereiro e março deste ano.
Da Página do MST
Neste carnaval, a Unidos da Lona Preta – a escola de samba do MST – segue com uma série de programação para o mês de fevereiro e março deste ano.
A Unidos da Lona Preta, escola de samba que surgiu em 2005 no MST, tem como principais objetivos contribuir com a formação política de seus membros, mostrar que um modelo coletivo de escola de samba é possível, e levar através do samba muita alegria.
Com seu novo samba enredo em que retrata os 50 anos do golpe civil-militar no Brasil, a Unidos da Lona Preta traz essa discussão à tona com o samba: “Lembrar é resistir: nos cinquenta anos do golpe, o povo brasileiro segue em luta e pergunta: o que resta da ditadura?”
Confira abaixo as datas, a letra do samba enredo e sua gravação:
Desfiles da Unidos da Lona Preta 2014:
– 23 de fevereiro – domingo – 13h – na Rua da Abolição, Bexiga
– 28 de fevereiro – sexta – concentração das 16 às 20h, na Grande São Paulo, em local a confirmar
– 02 de março – domingo – Encontro de Batucadas do Povo Brasileiro, na Rua Frederico Brotero, 60 – Bairro Patriarca, 14h
Unidos da Lona Preta/Carnaval 2014
“Lembrar é resistir: nos cinquenta anos do golpe, o povo brasileiro segue em luta e pergunta: o que resta da ditadura?”
Me embala no teu colo…minha mãe
O sangue no teu solo…não é vão
Um grito forte, já se escuta:
Verás que o MST não foge à luta
Brasil, a luz se apagou
Quando a águia pousou
E espalhou no continente a escuridão
Censura, exílio, clausura
Pra aprofundar um sistema opressor
Milagre econômico: que farsa!!!
“Milágrima” caiu do pau-‐de-‐arara
“Caminhando e cantando”
A Lona Preta ”Vai Passar”
Gritando contra a ditadura
‘Cabou o nome, ficou a estrutura
A mãe que perde o filho…resistiu
A voz do oprimido…não calou
Cadê o Amarildo?…que sumiu
O povo perguntou
Setenta neles outra vez Brasil?
A história se repete como taça
Na boca da massa, mordaça e repressão
Fumaça que arde nublando a visão
Direito de classe: tortura e prisão
No campo, na periferia
Democracia sem justiça é mentira
E segue solto o genocida, que ainda vai pagar
Pelos desaparecidos, Pinheirinho e Carajás
E então cantar feliz
Passar a limpo a história
Plantando o futuro do nosso país
Verdade, justiça e memória