Camponesas estudam a relação das mulheres dentro e fora do MST

Por Viviane Brigida
Da Página do MST

Entre os dias 15 a 17 de agosto, cerca de 45 mulheres dos estados do Pará, Maranhão e Tocantins participaram da primeira etapa do curso Feminismo e Marxismo da região amazônica, no município de Marabá (PA).

Segundo Izabel Lopes, do MST Pará, o curso foi a realização de uma demanda antiga das mulheres da região em estudar e debater a relação das mulheres dentro e fora do Movimento.

“Para debater questões das mulheres e combater violência contra elas, por exemplo, se faz necessário estudar para mudar, ampliar os nossos os conhecimentos se queremos uma outra sociedade”, afirma Izabel.

Para a professora e militante feminista Simone Contente, da UNIFESSPA (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará), estes espaços são necessários para a compreensão da inserção das mulheres nas lutas sociais. “A luta de classes precede da luta das mulheres contra a opressão e exploração”, observa.

O feminismo e marxismo são imprescindíveis para as mulheres. É o que acredita também Gilvânia Ferreira, militante do MST do Maranhão, que acredita que o curso seja “importante para a organização e fortalecimento das mulheres na região”.

De acordo com a professora Eunice Guedes, os desafios das mulheres são enormes. Por isso, é preciso compreender o feminismo como movimento social, entender as raízes das desigualdades, o patriarcado e a situação das mulheres.

Também foram debatodas questões que ajudam nas ações como militantes feministas e a construir lutas comuns no enfrentamento ao sistema capitalista, ao considerarem um sistema racista e machista.