MST lamenta a morte de do líder indígena Paulinho Payakan
Da Página do MST
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra vem a público lamentar o falecimento do líder indígena Paulinho Payakan, aos 67 anos.
Ele estava internado desde o dia 9 de junho no Hospital Regional Público do Araguaia, em Redenção, no sudeste do Pará, em tratamento contra coronavírus.
O Brasil e o mundo perdem um grande representante dos povos tradicionais. Payakan travou durante toda sua vida a luta pela preservação da Amazônia, do meio ambiente dos territórios e da comunidade indígena brasileira.
Foi reconhecido na ONU (Organizações das Nações Unidas), participou ativamente das discussões da Assembleia Constituinte, que incluiu os artigos 23 e 232 da Constituição Federal, de 1988, que dizem respeito aos povos tradicionais no Brasil, e foi presença marcante na consolidação do acampamento Terra Livre.
Nos solidarizamos com a família e toda a comunidade Kayapó e exigimos dos poderes públicos, Funai (Fundação Nacional do Índio), governo estadual e Ministério da Saúde medidas efetivas e urgentes de combate aos casos de coronavírus que se espalham pelas aldeias do Brasil.
Segundo a Secretaria de Saúde do Pará, até o momento são 529 indígenas diagnosticados com a covid-19 no estado. Destes, 29 morreram.
Já em todo o Brasil o Comitê pela Vida e Memória indígena, formado por diversas associações contabiliza 5.484 infectados de 103 povos diferentes e 287 mortes.