Acampamento Marielle Vive lança vaquinha online para a bioconstrução de um galpão
Por Coletivo de Comunicação do MST/SP
O acampamento do MST Marielle Vive!, localizado no município de Valinhos (SP), lançou no dia 19 de outubro uma vaquinha online para arrecadar fundos para construir um galpão ao lado da horta comunitária.
A obra será fundada na bioconstrução, uma técnica da arquitetura e da engenharia civil onde a preocupação com o equilíbrio e a restauração ecológica está presente em todas as etapas – desde a concepção do projeto até a ocupação.
O galpão deve ser construído pelos jovens residentes do acampamento, por moradores interessados, e por apoiadores da vaquinha que comprarem o curso.
A obra, supervisionada pela Oficina Colaborativa de Bambu, está programada para acontecer no dia 10 de dezembro deste ano e servirá como uma maneira dos envolvidos aprenderem as principais diretrizes do método e realizarem trocas de experiências com base nas técnicas da bioconstrução.
O galpão anexo à horta será utilizado pelas famílias do acampamento como local de apoio para as práticas agroecológicas da comunidade. O sonho é ter um espaço físico para trabalhar, explorar limites e poder produzir e comercializar cestas agroecológicas.
Outro objetivo é envolver principalmente os jovens, para que possam ser futuros multiplicadores deste conhecimento, gerando renda e autonomia dentro do acampamento.
A vaquinha online deve arrecadar o montante de dinheiro necessário para cobrir os custos da compra de materiais e de ferramentas para a realização do curso e da obra. Além disso, o acampamento está aberto a doações de materiais e ferramentas. A planilha com a lista dos materiais será divulgada em breve pelos acampados.
Clique aqui para saber mais e contribuir com a vaquinha.
Qual é a história do acampamento Mariele Vive?
Com mais de 700 famílias, o acampamento Marielle Vive! surgiu em abril de 2018 na cidade de Valinhos (SP), exatamente um mês depois da noite do assassinato brutal da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, e do motorista que a acompanhava, Anderson Gomes.
Hoje, a comunidade possui uma horta comunitária com produção pequena, cujos produtos do plantio são suficientes apenas para a subsistência das famílias do acampamento.
Apesar da dificuldade pela falta de água, a utilização de técnicas de manejo por parte da comunidade está gerando resultados promissores para a possibilidade de comercialização futura de cestas agroecológicas.
Com esse cenário, surgiu a necessidade da criação de um espaço que atenda às demandas de produção da horta, ampliando as oportunidades de trabalho no acampamento.
Para mais informações e dúvidas, entre em contato com um dos apoiadores:
– Adriano (11) 975-359-248
– Bianca (11) 958-565-267
– Sueli (19) 995-593-373
*Editado por Ludmilla Balduino