Encontro Estadual
MST realiza 31º Encontro Estadual da militância em São Paulo
Por Setor de Comunicação MST em São Paulo
Da Página do MST
Nos dias 27 e 28 de fevereiro, mais de 200 militantes do MST em São Paulo participaram do 31º Encontro Estadual. Devido à pandemia de Covid-19, desta vez o Encontro foi realizado virtualmente.
Neste tempo de pandemia e agravamento da crise política, econômica, sanitária e social, o encontro reforçou o papel fundamental do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra na solidariedade junto à classe trabalhadora do campo e cidade. Neste sentido, o direito à vacina gratuita para todos, a volta do Auxílio Emergencial, a necessidade de uma Reforma Agrária Popular diante da ofensiva do neoliberalismo e a luta pelo Fora Bolsonaro foram temas centrais debatidos durante os dois dias.
“Já são mais de 250.000 mortos no país. Articulando com amplos setores progressistas, precisamos, agora, imediatamente, fazer a luta pelo auxílio emergencial para o povo, para os assentamentos e para os pequenos agricultores. Também devemos lutar por vacina já para todas e todos, defender o SUS e lutar pelo Fora Bolsonaro”, afirma o integrante da direção nacional do MST, Gilmar Mauro.
No primeiro dia, com a participação do historiador e militante do PSOL Valério Arcary e do deputado federal Nilto Tatto (PT), realizou-se o estudo da conjuntura política nacional e internacional. Em seguida, Kelli Maffort, da coordenação nacional do MST, falou sobre os desafios da luta no campo e pela reforma agrária popular e reforçou o compromisso do MST em seguir lutando incansavelmente pela Reforma Agrária Popular.
“A reforma agrária nunca foi tão necessária, e é de nós que tem que sair esta voz com muita energia. Nós temos de dizer que vamos continuar lutando pela reforma agrária porque tem um povo que precisa dela e, mais do que isso, tem muita terra que precisamos disputar para a esta reforma”, disse Kelli.
As principais linhas políticas do MST atualmente giram em torno da Jornada Nacional de Formação e Trabalho de Base, o Plano Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis, as Ações de Solidariedade nas periferias urbanas, a Jornada Nacional Viva Paulo Freire e a Jornada Nacional de Luta das Mulheres: “Semeando a Resistência Contra a Fome e as Violências”, que integraram o debate durante todo o segundo dia.
Todos os dias foram organizadas místicas, debates em plenária, atividades culturais para planejar a atuação das trabalhadoras e trabalhadores Sem Terra nesse momento de crise econômica, política, social e ambiental no país.
Apesar dos desafios da metodologia virtual e as limitações de acesso à internet, que acabam limitando que parte da companheirada participe, o encontro manteve a sua mística e animou os debates políticos do Movimento.
*Editado por Fernanda Alcântara