Lutas Populares
Início da campanha eleitoral é marcado por atividades de agitação e propaganda em todo o país
Por Janelson Ferreira
Da Página do MST
Nesta terça-feira (16), teve início oficialmente o período no qual é permitido a propaganda eleitoral de candidatas e candidatos às Eleições 2022. Com isso, as candidaturas poderão realizar comícios, passeatas, carreatas, distribuir materiais gráficos, fazerem anúncios, além de propaganda em rádio e televisão.
Entre os Comitês Populares de Luta, o momento foi marcado por diversas ações de agitação e propaganda, as quais buscaram aprofundar o diálogo com a classe trabalhadora em todo país. “O essencial é organizar e mobilizar o maior número de pessoas através dos Comitês para potencializar futuras ações de massas”, afirmou Rosana Fernandes, da direção nacional do MST, em entrevista para a Página do Movimento.
Segundo a dirigente, além dos territórios do MST, os Comitês também estão sendo criados nos centros urbanos. “O trabalho prioritário durante a campanha eleitoral é eleger Lula, junto com uma bancada de parlamentares estaduais e federais que deem respaldo a uma política governamental que priorize as questões populares”, explicou Fernandes.
Em São Paulo, capital, militantes dos movimentos populares realizaram entregas de jornais Brasil de Fato em três pontos de grande circulação na cidade. Já na capital paraense, Belém, os Comitês organizaram as “Blitz Lula Presidente 13”. No Paraná, 50 militantes se reuniram em Francisco Beltrão para um momento de formação e fortalecimento dos Comitês Populares.
Em Ceará Mirim (RN), cerca de 400 militantes do MST de todas as regiões do estado se reuniram na Plenária Estadual da Militância Sem Terra. A atividades discutiu a atual conjuntura do país, do estado e as tarefas centrais do movimento, ressaltando a importância de fortalecer os Comitês Populares de luta em todos os territórios, no campo e na cidade.
Em Alagoas, a militância do MST está passando por diversas cidades do interior, além da capital, Maceió, dialogando com as comunidades para fortalecer a candidatura de Lula e aliados do Movimento no estado.
Gustavo Marinho, da direção estadual do Setor de Comunicação, explica que o processo de organização dos Comitês em Alagoas passou pelo estímulo a debates e experiências que contribuam com a luta popular em cada localidade. “A experiência desafiadora da organização dos Comitês estimulou que previamente a gente pudesse visualizar potencialidades, desafios e caminhos possíveis para a disputa das eleições, politizando o período e aprofundando nosso diálogo com a sociedade nos mais diferentes territórios”, explica Marinho.
Com a ampliação das pessoas envolvidas nos Comitês, o MST em Alagoas deu um passo a mais e criou os “Times da Esperança”. “Criamos uma boa mística em todo o estado, construindo a ideia de que vamos entrar em campo para um jogo que, mesmo árduo, jogaremos bem e teremos a vitória”, destaca.
Ao explicar o processo de organização dos “Times da Esperança”, o dirigente afirma que cada Brigada do MST construiu um planejamento de diálogo e trabalho de base para todos os municípios que o Movimento tem atuação. “A partir disso queremos ainda poder estimular, na passagem do nosso Time por essas cidades, a possibilidade de organização popular, seja pelos Comitês, por associações, grupos culturais, ações e mutirões de solidariedade, e toda e qualquer experiência que fortaleça a vida política nesses territórios”, finaliza.
Candidaturas do MST
As candidatas e candidatos do MST também aproveitaram o início da propaganda eleitoral para potencializarem o diálogo com a população. Em vários estados, as 15 candidaturas de militantes do Movimento marcaram o momento com ações que, entre outros objetivos, divulgaram seus números para as eleitoras e eleitores votarem.
“Os nossos candidatos serão sempre porta-voz da luta pela terra, da luta pela reforma agrária, da solidariedade, na defesa do meio ambiente e contra a política neofascista do governo Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes”, explicou Alexandre Conceição, da direção nacional do MST, em entrevista para a Página do Movimento.
Segundo Conceição, este processo eleitoral apresenta uma significativa relevância para a classe trabalhadora brasileira. “Entendemos que o resultado dessas eleições vai influenciar diretamente o futuro do nosso país e por isso, o MST se coloca a disposição na luta de classe no Brasil, nesse processo eleitoral, na centralidade para derrotar o Bolsonaro e o bolsonarismo”, defende.
Confira a lista de candidatas e candidatos do MST e seus respectivos números:
Candidaturas a Deputada/o Federal:
João Daniel (PT-SE): 1311
Marcon (PT-RS): 1355
Ruth Venceremos (PT-DF): 1361
Valdir do MST (PT-GO): 1311
Valmir Assunção (PT-BA): 1310
Vânia do MST (PT-MA): 1333
Candidaturas a Deputada/o Estadual:
Adão Pretto (PT-RS): 13655
Antônio Marcos (PT-TO): 13333
Job Martins (PT-RR): 13444
Lucinha do MST (PT-BA): 13100
Lula do Assentamento (PT-RO): 13000
Marina do MST (PT-RJ): 13713
Missias do MST (PT-CE): 13123
Rosa Amorim (PT-PE): 13100
*Editado por Wesley Lima