MST se consolida como referência na produção de cozinhas agroecológicas

Por Leonardo Fernandes
Da Página do MST

Foram cinco dias de um trabalho impecável por quase 50 pessoas que contribuíram com a Cozinha da Roça, preparando uma média de 2500 refeições por dia no 12° Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA), que ocorreu entre os dias 20 e 23. E quem provou, aprovou.

“Tava tudo maravilhoso. Só tenho a agradecer por estar me alimentando com essa variedade de alimentos saudáveis. Além do mais, o pessoal da cozinha está sempre sorridente!”, avaliou Bernardo, da região serrana do Rio.

“Eu achei o sabor muito fantástico. E é um pouco isso que o encontro propõe: agroecologia na boca do povo. Essa cozinha é o exemplo disso”, disse Iran, de Pernambuco.

Com uma variedade de mais de 40 itens agroecológicos, a Cozinha da Roça serviu um cardápio variado e 100% saudável. Para isso, foi fundamental o trabalho das nutricionistas que acompanharam o trabalho das cozinheiras.

“A nutrição vem agregar esse conhecimento técnico, científico, pra garantir a qualidade da alimentação, a partir do controle microbiológico, e evitar o desperdício. Mas é sempre uma troca, porque essas cozinheiras já chegam com todo um conhecimento popular que é fundamental pra que o resultado seja uma comida saudável e saborosa”, disse Roxana Perdigão, nutricionista que acompanhou o trabalho da cozinha.

Para Ester Hoffmann, da coordenação estadual do MST em MG, foi uma experiência que eleva o nível de excelência das cozinhas da terra, promovidas pelas movimentos sociais.

“A gente finaliza esse trabalho com uma satisfação imensa. Além da riqueza que é o convívio e o aprendizado com essas mulheres, deu tudo certo, todo mundo trabalhou bem, e o mais importante, o povo amou nossa comida”, afirmou.

Na plenária de encerramento, as cozinheiras da Cozinha da Roça foram homenageadas pela organização do CBA.

Os produtos restantes não utilizados foram doados a ocupações e organizações sociais em uma ação de combate à fome com alimentos de verdade!

*Editado por Fernanda Alcântara