Fim do Genocídio
Brasil se une à Marcha Global para Gaza em grande ato neste domingo (15), em São Paulo
Movimentos populares se reúnem em ato unificado pela Palestina, às 11h, na Praça Roosevelt

Da Página do MST
Mais de 30 movimentos populares, organizações e coletivos se reunem neste domingo (15), a partir das 11h, na Praça Roosevelt, no bairro da Consolação, região central de São Paulo, em um grande ato unificado pela Palestina. Sob o lema “Basta de genocídio na Palestina! Lula, rompa com Israel, já!”, a mobilização tem como objetivo pressionar o governo brasileiro a adotar medidas práticas de rompimento comercial e diplomático com o governo sionista de Israel, diante do massacre promovido contra o povo palestino, especialmente na Faixa de Gaza.
A mobilização integra a Marcha Global para Gaza, iniciativa internacional mobilizada por movimentos populares, organizações sociais, coletivos e ativistas por Direitos Humanos que ocuparão as ruas de diversos países do mundo, em resistência civil pelo povo palestino. Os atos deste dia 15 de junho, culminarão com a chegada de uma caravana de manifestantes de 54 países que saíram do Egito em direção a Rafah, cidade palestina situada no sul da Faixa de Gaza.
Os organizadores da Marcha Global para Gaza reiteraram nesta quinta-feira (12) que, apesar da deportação de centenas de ativistas pró-Palestina ordenada pelas autoridades do Egito, os manifestantes que estão no Cairo prosseguirão o trajeto até al-Arish como parte da iniciativa. Em comunicado, também ressaltou que “nossos serviços jurídicos estão trabalhando nesses casos”, uma vez que seguiu-se todas as diretrizes exigidas pelo governo local. “Esperamos poder trabalhar ao lado do governo egípcio como um parceiro fundamental e valioso. Nossas prioridades são as mesmas: exigir o fim do genocídio palestino”, destacou a nota. “[…] a Marcha Global prosseguirá.”
Dentre os manifestantes que integram a Marcha Global há uma delegação de brasileiros, que junto aos demais manifestantes exigem o fim do genocídio promovido por Israel e que os países rompam as relações diplomáticas e comerciais com o regime sionista. A iniciativa denuncia o massacre em curso – que já resultou na morte de mais de 55 mil palestinos desde outubro de 2023, a maioria mulheres e crianças – e exige o fim imediato do cerco, do bloqueio e das ofensivas militares. Também reivindica o rompimento de relações com Israel, ajuda humanitária urgente e liberdade para o povo palestino.
A Marcha Global busca chamar a atenção do mundo para a grave crise humanitária na região, onde mais de 2 milhões de palestinos enfrentam escassez de alimentos, medicamentos e recursos básicos. A situação em Gaza é considerada catastrófica por organizações humanitárias, com hospitais sem condições de funcionamento, falta de água potável e insegurança alimentar generalizada. A marcha tem três demandas principais: a abertura de corredores humanitários para a entrada de ajuda, o fim do cerco econômico e militar e uma solução política duradoura para o conflito. A iniciativa simboliza a esperança de que a atenção internacional possa conduzir a mudanças concretas na situação humanitária e política da região.