MST conquista áreas para assentamentos e ocupa fazenda em SP

Os trabalhadores rurais Sem Terra comemoram essa semana a conquista de duas áreas para futuros assentamentos no estado de São Paulo. Em Andradina, saiu a imissão de posse da fazenda Jamaica. E em Ribeirão Preto, a Justiça deu parecer favorável ao Instituto Nacional de Colonizaçãoe Reforma Agrária (Incra) sobre a posse da Fazenda da Barra. Em Itapetininga, 50 famílias ocuparam fazenda Boi Gordo, na última quarta-feira, 23.

A fazenda Jamaica estava disputa judicial desde 2002. A área, de aproximadamente 500 hectares, tem capacidade para assentar 40 famílias. Lá serão assentadas as famílias do acampamento Olga Benário, que estava montado em frente à fazenda.

Em Ribeirão Preto, a três desembargadores do Tribunal Regional Federal deram julgaram a posse da Fazenda da Barra, de 1780 hectares, favorável ao Incra, o que significa que as 400 famílias que vivem desde 2003 no acampamento Mário Lago poderão, enfim, serem assentadas. O julgamento foi na terça, dia 22.

A Fazenda da Barra é considerada pelos usineiros como um símbolo do agronegócio. Há cerca de dois anos, o MST desenvolve um projeto de assentamento com produção agroecológica, recuperação de nascentes, reflorestamento, valorização da cultura camponesa, posse coletiva da terra e cooperação em diversas áreas

Ocupação

Na madrugada do dia 23, cerca de 50 famílias Sem Terra ligadas ao MST ocuparam a fazenda Boi Gordo, no município de Itapetininga, São Paulo. A área da fazenda já havia sido vistoriada e declarada improdutiva. No dia 17 de maio, a fazenda foi desapropriada para fins de Reforma Agrária.

As famílias acampadas na área pertencem aos acampamentos Unidos do Che e
Paz na Terra. O MST calcula que será possível assentar as 50 famílias na
Boi Gordo.